Movimento Orquídeas: as mulheres como sujeitos coletivos na luta por moradia em Manaus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Sales, Alessandra do Amaral
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/9980311673036532
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Humanas e Letras
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Serviço Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5969
Resumo: A participação das mulheres nas lutas sociais junto ao movimento feminista ou de mulheres sempre foi um fato recorrente na história. Neste sentido este trabalho tem como objetivo precípuo verificar o surgimento da mulher como sujeito político na sociedade brasileira, dando especial relevo à organização das mulheres do Movimento de Mulheres por Moradia Orquídeas na luta por moradia em Manaus, pautando-se na análise de sua prática política no movimento de luta por políticas públicas, especialmente a de habitação. Sabe-se que a problemática habitacional torna-se, nos dias atuais, um dos grandes problemas a serem dirimidos pelo Estado, fazendo com que os movimentos sociais atuem como eixo aglutinador da luta que vai garantir a efetividade da política pública de habitação pautando algumas conquistas, entre as quais, o reconhecimento das mulheres como sujeitos coletivos e principais signatárias do direito à moradia. A pesquisa foi realizada junto a 30 mulheres signatárias do Movimento Orquídeas, bem como com assistentes sociais que atuam junto as famílias do projeto Loteamento Residencial Orquídeas, lideranças dos movimentos de luta por moradia em Manaus e da União Nacional por Moradia Popular – UNMP. Dentre os múltiplos aspectos constatados pode-se verificar que a invisibilidade de sua atuação deve-se, primordialmente, ao ditames patriarcais historicamente inseridos no seio da sociedade, além de que sua participação nos movimentos sociais permite construir novos olhares sobre sua presença no espaço público como sujeito coletivo de direitos. Por fim, acredita-se que a participação das mulheres nos movimentos sociais permite seu reconhecimento e de suas demandas enquanto sujeitos coletivos que possuem condições políticas de reconstruir sua história contradizendo o discurso dominante que considera a mulher como um ser frágil e submisso e por isso, sem condições de participar das instâncias de decisão e poder na sociedade.