O trabalho do assistente social no acesso da população à saúde em uma unidade de média complexidade na Cidade de Manaus
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Serviço Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7749 |
Resumo: | A expansão do capitalismo trouxe efeitos negativos à classe trabalhadora e suas expressões da questão social e exigiu dos estados a responsabilidade dessas demandas, através de políticas públicas sociais e para tanto, requereu o trabalho de vários profissionais, entre eles do assistente social. Esse profissional atua buscando acesso e garantias de direitos sociais da população usuária das políticas sociais da qual está inserida. A saúde é uma política social, campo de atuação do assistente social, onde se manifestam as maiores diversidades de demandas que incidem nas condições de vida dos usuários, necessidades essas que determinam as desigualdades em saúde Dessa forma esse estudo analisa o trabalho do assistente social no acesso da população à saúde em uma unidade de média complexidade na cidade de Manaus, no intuito de desvendar suas demandas, seus desafios e estratégias, no contexto contraditório do Estado neoliberal brasileiro. A amostra compõe o quadro de 07 assistentes sociais que atuam na Policlínica Codajás, que através de formulários responderam aos objetivos, e juntamente com 25 usuários entrevistados forneceram material que foram analisados à luz de um referencial teórico pertinente à área da saúde e do Serviço Social. Os resultados apontaram as principais demandas e atividades realizadas pelas assistentes sociais como estratégias, principalmente o uso da rede de atendimento sociassistencial com encaminhamentos referendados, ações socioeducativas, sem contudo fortalecer a participação popular. Outro problema apontado pela pesquisa é o pouco conhecimento que a população tem de seus direitos, das instâncias em que deve recorrer, por desconhecerem a estrutura do SUS e seus níveis de atenção, e por isso recorrem ao Serviço Social da Policlínica, entendida como local ―onde tudo se resolve‖, ocasionando um volume de demandas que extrapola o atendimento diário das assistentes sociais. A pesquisa apontou que o espaço de trabalho é tensionado pela polarização entre a Unidade de saúde e as necessidades dos usuários na busca pelo acesso aos serviços de saúde. Os usuários, na busca pelos serviços em saúde deixam transparecer as múltiplas expressões da questão social, como desemprego e pobreza, dois importantes determinantes da saúde. É relevante que o assistente social que atua neste campo incorpore no seu processo de trabalho o conceito de saúde que considera as condições de vida dos sujeitos como determinantes e condicionantes de saúde. No Estado do Amazonas essas condições são agravadas por suas especificidades como questões geográficas e baixo financiamento das ações de promoção e prevenção, com impacto negativo na vida da população e consequentemente nas desigualdades de acesso à saúde. Assim o assistente social tem como desafio a consolidação dos princípios e valores contidos no seu Código de Ética e no seu Projeto Político Profissional, fortalecendo também os princípios e diretrizes do SUS. |