Guerras Indígenas na Região das Tupinambaranas: Mura x Munduruku (1768-1795)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Nogueira, Max Deulen Baraúna
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/9059288889618137, https://orcid.org/0000-0002-5156-8646
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em História
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7977
Resumo: A guerra entre as sociedades indígenas Mura e Munduruku é o objeto de estudo dessa pesquisa. Essas duas sociedades indígenas foram contrárias e atuantes ao processo da colonização portuguesa na Amazônia na segunda metade do século XVIII. No período em questão, a Amazônia colonial se encontrava numa situação de conflito permanente, seja pelas expansões territoriais dos dois grupos indígenas, Mura e Munduruku pela Amazônia, seja pelo enfrentamento belicoso entre eles e/ou pela guerra empreendida pelos grupos indígenas aos colonos e as cidades portuguesa na Amazônia. Busco confirmar a hipótese que: Com a chegada do colonizador português, a guerra indígena sofre modificações e ao se incorporar a guerra colonial, as sociedades indígenas redefinem suas estratégias de guerra, uns para obter poder de barganha e outros para fazer alianças, conforme os seus interesses. Este trabalho tem como objetivo principal analisar os processos territoriais e as guerras envolvendo os personagens principais do enredo, os Muras, os Mundurukus e o Estado Português na Amazônia colonial. Tivemos o intuito de investigar uma gama de documentos produzidos pelas autoridades colônias, relatos dos viajantes e etnografias sobre a guerra indígena, utilizando a metodologia do paradigma indiciário para buscar as pistas deixada nos documentos e a utilização da perspectiva teórica da nova história indígena, para que possamos colocar o índio como protagonista de sua própria história lhe dando o direito de fala. Sendo assim, procuramos ampliar a compreensão de que as sociedades indígenas guerreiras Mura e Munduruku se apoiavam na guerra, como forma de demonstrar seu potencial bélico, através do seu poder guerreiro frente ao colonizador português demonstrando que a construção da história colonial da América portuguesa foi produto também das ações das populações indígenas, principalmente, por causa de suas guerras praticadas como estratégias políticas.