Aspectos semânticos dos nomes classificados em Munduruku

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Martines, George Verges
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-30112007-153829/
Resumo: Este trabalho apresenta os estudos realizados de alguns aspectos semânticos da língua Munduruku (do tronco lingüístico Tupi), falada por mais de 7500 índios da nação conhecida pelo mesmo nome, que estão distribuídos por cerca de noventa aldeias no Pará, Amazonas e inclusive no Mato Grosso. Este trabalho circunscreveu-se ao grupo pertencente à aldeia Munduruku \"Praia do Mangue\", no oeste do Pará. Após uma sucinta apresentação do povo, parte-se para uma breve descrição morfossintática da língua, onde deparamos com o tema principal dessa dissertação: os classificadores nominais. Nesta língua, os substantivos são acrescidos de afixos nominais, que possuem a função de estabelecer uma relação associativa entre o nome e seu referente espacial. Neste trabalho busca-se provar que os classificadores geram significado através da carga semântica que possuem e, para poder chegar a esses resultados, revisamos as teorias da motivação ou arbitrariedade do signo lingüístico, a metáfora e suas peculiaridades, a metonímia com suas relações e a possível migração de uma estrutura metafórica existente para uma metonímica. O fundamento principal dessa dissertação é a propositura de Ullmann de que, em muitas línguas, palavras surgem das relações associativas que o falante tece em sua mente, estabelecendo um vínculo metafórico entre referente e referido. Tipo de relações que, nesta dissertação, transportamos para os afixos classificadores da língua Munduruku. Aplicando-se tais teorias aos classificadores usados nesta língua, consegue-se provar o fundo semântico inserido nos afixos e mais; a migração de um classificador de origem metafórica para uma metonímia.