Avaliação da poluição por microplásticos nas águas do Igarapé do Mindu, no ambiente urbano de Manaus
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Centro de Ciências do Ambiente Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7809 |
Resumo: | Quando o material plástico é exposto a condições ambientais diversas e interação com a biota local sofre fragmentação e origina detritos, chamados de microplásticos que podem ser primários ou secundários. Porém, existe ainda a fragmentação em tamanhos inferiores a 1 nanômetro, originando os nanoplásticos, que são considerados potencialmente perigosos. Além do tamanho, outros fatores que influenciam sua degradação é a origem e a composição química. Apesar do crescente aumento de informações sobre o tema, existe pouca informação sobre os microplásticos em sistemas de água doce. As bacias hidrográficas são unidades importantes de fonte, fluxo e destino de poluição plástica. Manaus com suas bacias hidrográficas possui grande influência de deposição de poluentes no rio Negro. O igarapé do Mindu é um dos corpos hídricos mais conhecidos de Manaus cujo curso d’água é o mais extenso do sítio urbano. Foram georreferenciados sete pontos para coleta de água no igarapé do Mindu realizadas em quatro fases do regime hidrológico. Para o isolamento dos detritos foram realizadas adaptações dos métodos laboratoriais elaborado pela NOAA e metodologias utilizadas em trabalhos científicos realizados em ambientes de água doce. As classes de tamanho foram definidas em 3 grupos: Microplásticos (> 5 mm a 0,3 mm), Microplásticos (< 0,3 mm a > 2 µm) e Nanoplásticos (< 2 µm). Obtiveram-se os dados quantitativos referentes aos tamanhos: micropláticos (entre 0,3 mm e 2µ) e nanoplástico (inferior a 2µ), com maior predominância para este último. Através da análise de FTIR foi possível identificar que as amostras de micro e nanoplásticos não se tratavam exclusivamente um tipo de polímero plástico, mas de amostras complexas que apresentaram picos de espectros de diferentes materiais. Houve variação de concentrações nos diferentes regimes hidrológicos e perfis de profundidade, com maiores concentrações de micro e nanoplásticos nos regimes de seca e enchente, respectivamente. Além do isolamento de partículas micro e nanométricas, também foi possível mensurar através de espectros principais, a presença de assinaturas de monômeros, elastômeros e substâncias utilizadas em diferentes polímeros plásticos, que possuem influencia da poluição por efluentes domésticos, profundidade e dispersão dos contaminantes na coluna de água. A investigação da contaminação microplástica no igarapé do Mindu teve efeito satisfatório, salientando a importância de pesquisas em águas de ambientes urbanos, cuja poluição antrópica possui forte contribuição de detritos, no caso de Manaus, o tributário igarapé do Mindu contribui para a poluição plástica do rio Negro que por conseguinte soma ao quantitativo de 60.000 toneladas de plásticos carregadas pelo rio Amazonas até o oceano |