Atividade física e ambiente urbano: lazer e desporto no entorno do Igarapé do Mindu - Manaus/AM

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Pinheiro, Rildo Figueiredo
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/4943852291699197
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Ciências Agrárias
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4229
Resumo: Diversas políticas e o crescimento desordenado determinaram a mudança da forma e da funcionalidade da cidade de Manaus. As políticas de urbanização implementadas nestes últimos cem anos marcaram temporal e estruturalmente os espaços delimitados pelos interesses classistas elitizados. Com isso, aqueles com menos posse econômica ficaram desprovidos de espaços para moradia, atividade física e lazer, sendo deslocados para áreas distantes. Dentre estes podemos destacar os igarapés, ação que até nos dias atuais é mantida como forma de apropriação do solo no entorno dos igarapés de nossa cidade. O balneário do Parque 10 representou por muito tempo o tipo de espaço de lazer vivido nesta época, onde a relação com o natural ainda permanecia estabelecida sem impactar tanto. O período de crescimento acelerado entrou em decadência, durante a primeira Guerra Mundial, entre 1914 e 1918. A cidade que fora recriada para abrigar estrangeiros e brasileiros vindos do sudeste do país inspirada nas ruas de París na época possuíam apenas 35 mil habitantes, agora teria que assumir aqueles oriundos das fazendas produtoras de borracha, tornando sua população ainda maior, e com isso, o surgimento de novos bairros. A Zona Franca de Manaus teve papel fundamental no ordenamento espacial da cidade, enquanto modelo de política econômica e prática social, que proporcionou grandes mudanças na paisagem urbana da cidade. A área de estudo realizada neste trabalho foi o Igarapé do Mindu dividindo seus três cursos: curso inferior, curso médio e curso superior. A proposta era estudar e analisar os espaços utilizados para prática de atividade física e de lazer no seu entorno. Vericou-se que no curso inferior ainda se usa os campos de várzea para a prática esportiva e lazer, e que a poluição de seu corpo d’água está acelerada, causada pela rede de esgotos e lixo ali destinados pelas residências. No curso médio as políticas de esporte e lazer foram bem aplicadas, sendo esquecida a questão ambiental, quando esgotos comerciais e residenciais estão sendo destinados para dentro do Parque dos Bilhares, Parque e Passeio do Mindu, diminuindo assim a qualidade de vida de seus moradores e morte da mata ciliar do seu entorno. O curso superior é uma área que carece dessas intervenções e de ser estruturada, visto que pertence a uma zona de maior adensamento populacional. Nele foram encontrados parques infantis itinerantes, campos de chão batido e quadras de areia. Pelo fato de está inserida nas proximidades da nascente do Mindu necessita de maior vigilância. Nos índices de massa corporal verificado nas populações dos três cursos, aquele que houve maior variação foi o do curso médio quando atingiu a taxa de 23,69 que é classificada como pré-obeso pela Organização Mundial de Saúde. Baseado nos resultados do IMC e indicadores ambientais ficou determinado que qualidade de vida dos moradores do entorno do Igarapé do Mindu é de má qualidade, quando se estabelece a relação corpo, ambiente urbano e cotidiano.