Avaliação arqueo-espeleológica das cavernas da Raiz, Raio, Onça e Batismo do município de Presidente Figueiredo - Amazonas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Silva, Marco Antônio Lima da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Exatas
BR
UFAM
Programa de Pós-graduação em Geociências
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3263
Resumo: mundial nas últimas décadas, enfocando principalmente sítios arqueológicos abertos, mas restritos contudo à região de Monte Alegre, Estado do Pará. Cavernas e abrigos na porção central da Amazônia, por outro lado, ainda estão longe de estudos mais detalhados. A análise geoarqueológica de cavernas e abrigos da Província espeleológica Uatumã-Abonari, localizadas no município de Presidente Figueiredo e distrito de Balbina, nordeste do Estado do Amazonas, permitiu caracterizar vestígios de ocupação humana pré-colonial nesta parte da Amazônia. As cavernas foram desenvolvidas em quartzarenitos silurianos (420 Ma) da Formação Nhamundá, que incluem feições morfológicas como salões, galerias, espeleotemas de quartzo, condutos abandonados (pipes) geralmente encaixados em planos de fraturas. Os fenômenos de soerguimento, dissecação do releva pseudocárstico e hidrodinâmica do lençol freático favoreceram os processos de dissolução e desmantelamento mecânico, seguindo um modelo tipo sanding/pipe gerando as cavernas durante o Quaternário. As evidências de ocupação humana nas cavernas da Raiz, do Raio, da Onça e do Batismo, com idade provável de 800 anos, são fragmentos cerâmicos predominantemente não decorados e pinturas rupestres. As cavernas serviram como abrigos temporários provavelmente para atividades de caça e, raramente, para fins ritualísticos. Atualmente as cavernas passam por um processo de depredação em função do turismo descontrolado e da falta de conscientização da população local quanto ao significado e à importância desse patrimônio cultural. Este estudo demonstrou esta importância e pretende guiar futuros trabalhos que envolvam a geologia e arqueologia na reconstituição da história da ocupação humana da Amazônia.