Chefia e política Karajá entre a guerra e a paz
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Antropologia Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10508 |
Resumo: | Esta tese se pretende como uma etnografia da chefia Karajá orientada pela hipótese de que os chefes Karajá encarnam o ideal de pessoa para aquele grupo. No primeiro capítulo apresentarei os aspectos essenciais da cosmologia karajá e introduzi a trmática do triadismo. Este seria uma espécie de matriz lógica que permeia importantes manifestações classificatórias dos Karajá e que foi relevante para a compreensão da análise que se segue. Apresentei também a criação e constituição das aldeias. Apresento algumas concepções de parentesco karajá para demonstrar uma acentuada valorização da primogenitura procurando defender que esta valorização está implicada em uma percepção de uma posição assimétrica do chefe. Procuro demonstrar a existência de um circuito ideal de alianças matrimoniais das famílias de chefia. Além disso, descrevo a construção da pessoa ideal na figura do chefe, que deve ser “gente de verdade”. Descrevo as festas, meio através do qual a chefia promove uma vida alegre na aldeia. O chefe, tal como descrito por Clastres, está submetido a uma “pilhagem permanente” e isso é vivido como uma honra e uma obrigação de trabalho. Abordo a concepção da guerra, um código moral associado a ela, histórias de guerras, uma coligação armada que uniu três notórios inimigos no séc XIX e, finalmente, as “guerras” atuais. Por fim abordo o Hetohokã, o ritual de iniciação masculino. Expressão máxima da magnificação de filhos de “gente de verdade”. |