Arando terra e semeando vida: corpo e corporeidade de mulheres rurais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Teles, Paula Vitória de Oliveira
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/4798012455218288, https://orcid.org/0000-0001-7932-1402
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas - Universidade do Estado do Amazonas
Faculdade de Psicologia
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Psicologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10469
Resumo: A pesquisa de gênero em áreas ribeirinhas, camponesas e rurais tem sido pauta na última década em nosso país. Pesquisadores têm se debruçado sobre a temática e trazido à academia questionamentos acerca da inserção da psicologia, enquanto área do saber, nesse contexto sociocultural e histórico. Contudo, a produção científica ainda é considerada incipiente, principalmente na Amazônia, provavelmente por suas dimensões continentais e as dificuldades inerentes à própria região. Torna-se premente conhecer e reconhecer a pluridimensionalidade da vivência de trabalhadoras rurais amazônicas e a possível invisibilidade de seu trabalho enquanto mulher rural. O objetivo desta pesquisa é compreender a percepção de mulheres rurais sobre o espaço do corpo e o trabalho rural sob a ótica da fenomenologia de Maurice Merleau-Ponty com algumas pontuações de Simone de Beauvoir. É uma pesquisa sob a perspectiva qualitativa e o método utilizado foi o fenomenológico de pesquisa em Psicologia. Os instrumentos de pesquisa foram a entrevista fenomenológica que partiu de uma questão norteadora, seus desdobramentos e o Diário de Campo. A análise das entrevistas considerou o método fenomenológico-psicológico de Amedeo Giorgi. As participantes foram 08 mulheres rurais residentes em ramais na estrada do Município de Manacapuru, no estado do Amazonas. Como resultados foram obtidas três categorias: 1. “Mulher-rural-amazônica”, 2: “Trabalho: plantar, colher e cuidar” e 3: “Corporeidade na mulher-rural. Conclui-se que as mulheres rurais amazônidas percebem seu corpo como via de movimento para o fazer rural e, ao mesmo tempo, compõe-se a partir de dois espaços onde desenvolvem seu fazer laboral, o doméstico e o rural. E, nesse ínterim, lutam para sair da invisibilidade na qual muitas vezes são lançadas e a comunidade é o meio a partir do qual seu trabalho se torna reconhecido. Literalmente, da im-possibilidade se fazem possibilidade, conquanto um corpo que muitas vezes é discriminado por ser-mulher, ser agricultora, ser nortista, ser-amazônida. Entretanto, ela se torna mulher com tudo o que aí está implicado.