Microbiota associada ao intestino de abelha sem ferrão Scaptotrigona polysticta (Hymenoptera, Apidae, Meliponini)
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | , |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Biológicas Brasil UFAM Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8935 |
Resumo: | A diversidade e a abundância relativa de comunidades de microrganismos existentes no trato gastrointestinal de abelhas protagonizam complexas e diversas relações simbióticas, importantes para a manutenção das funções imunológicas, além de atuarem na fisiologia intestinal, proteção contra patógenos e processamento de nutrientes. No intestino de abelhas sem ferrão, estão presentes bactérias e leveduras responsáveis por processos fermentativos, onde ocorre inúmeras reações enzimáticas, constituindo um potencial de descobertas de novas enzimas e processos. Este trabalho teve como objetivo é identificar bactérias associadas ao intestino de abelhas sem ferrão Scaptotrigona polysticta e verificar quanto a produção de enzimas de interesse industrial. Assim, foram coletadas abelhas sem ferrão S. polysticta de três meliponários, 20 indivíduos de abelhas cada, e a descrição da microbiota intestinal da abelha S. polysticta foi realizada por meio de métodos dependentes de cultivo, onde foram usados cinco meios de cultura, em três diferentes condições: aeróbica, anaeróbica e microaerofílico (5% CO2), na temperatura de 35 °C, sendo analisadas a cada 24 horas por 72 horas. Foram obtidos um total de 110 bactérias no primeiro isolamento, entretanto apenas 76 bactérias foram purificadas e identificadas. Sendo 27 tipos de bactérias encontradas, onze famílias e três filos bacterinas. Dos 76 isolados, 26 apresentaram produção enzimática, sendo que proteases e amilases foram as enzimas mais produzidas. Dos 26 isolados produtores de enzimas hidrolíticas, 17 bactérias com potencial para produção enzimática, com índice enzimático >2, foram selecionadas para a quantificação de enzimas proteolíticas e amilolíticas. Como resultados, das 17 bactérias selecionadas apenas 7 bactérias tiveram produção enzimática. Bacillus sp. C1M3D2AE 26, apresentou maior produção de α-amilase com 7,677 ± 0,111 U/mL, e as cepas Bacillus sp. C1M2D1MI 11, Bacillus sp. C1M3D2AE 26 e Bacillus sp. C3M1D2MI 68 obtiveram maiores atividades proteolíticas com 11,700 ± 0,002 U/mL, 11,733 ± 0,004 U/mL e 12,067 ± 0,001 U/mL de proteases, respectivamente, não tendo diferença estatística entre si. Os resultados demonstram que abelha sem ferrão S. polysticta, não possuem microbiota padrão ou core como descritas para abelhas melíferas e para outras espécies de abelhas. Além disso, foi observado que essas bactérias possuem propriedades de interesse biotecnológico, podendo assim serem uma alternativa viável para produção de enzimas amilolítica e proteolíticas. |