A alma humana e os sentidos do feminino em Edith Stein: um olhar para a Amazônia

• Ano de defesa: 2021
• Autor(a) principal: Silva, Adson Manoel Bulhões da
• Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/0415046555303935, https://orcid.org/0000-0001-6302-2117
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas; Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais; Brasil; UFAM; Programa de Pós-graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia
• Palavras-chave em Português: Estudos de gênero; Manifestações simbólicas; Mulheres amazônidas; Dialógica moriniana; Representações de ancestralidade; CIÊNCIAS HUMANAS; Alma; Feminino; Amazônia; Edith Stein
• Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8245

Este estudo assume o propósito de desvelar os sentidos e significados da alma feminina que engendram o pensamento de Edith Stein, sua importância e influência aos estudos de gênero, buscando compreendê-la no âmbito das manifestações simbólicas e das representações de ancestralidade emergidas nas práticas sociais das mulheres amazônidas. No enfoque dos processos socioculturais da Amazônia, esta pesquisa atende a uma abordagem tecida com os fios da interdisciplinaridade, sob a inspiração da dialógica moriniana, em franca conversação com a Filosofia, a Antropologia, a História e as Artes, além das vozes de campo, das vivências e da observação in loco. O locus do trabalho de campo e o grupo de estudo e pesquisa sobre o pensamento de Edith Stein formado pelos estudantes de teologia do Instituto de Teologia, Pastoral e Ensino Superior da Amazônia (ITEPES), situado na cidade de Manaus, capital do Estado do Amazonas. Buscamos investigar e evidenciar o princípio ou o eterno feminino que circunda as práticas sociais das mulheres, o qual por via da alteridade e empatia inspira um ethos de Bem Viver com a natureza, assentado nas bases da cultura material e imaterial dos povos tradicionais da Amazônia. A metodologia, ancorada numa perspectiva fenomenológica e rizomática de conhecimento, concentrou-se no diálogo fecundo entre os pensamentos de Edith Stein e os relatos dos sujeitos da pesquisa. As técnicas metodológicas incluíram fontes secundárias cotejadas com imagens, pinturas, poemas e canções, que se somaram à entrevista profunda. Os principais resultados revelaram que a alma feminina na Amazônia se revela como um feminino ancestral que entremeia a vida humana com a tríade terra, floresta e água. Deve-se reconhecer, por fim, que a alma feminina em sua subjetividade é a responsável por tecer redes relacionais sobre a vida de mulheres, homens, assim como toda a vida natural, um fluxo enérgico ou um princípio universal que faz fluir a vida e a continuidade do planeta.