Territorialização do patrimônio no Alto Rio Negro: da geografia mítica a geografia indígena

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Amazonense, Terezinha Alemam
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/2143417465618141
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Humanas e Letras
BR
UFAM
Programa de Pós-graduação em Geografia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/2789
Resumo: O presente trabalho apresenta a percepção dos povos indígenas do Alto Rio Negro sobre cultura, patrimônio e território, identificando e descrevendo os mesmos de modo a buscar nas leis e políticas culturais, nacionais e internacionais, subsídios que forneçam instrumentos necessários para revitalização e fortalecimento destes patrimônios territorializados que são vistos como indissociáveis entre homem/natureza, destacando a Geografia indígena. Os estudos buscaram diagnosticar os impactos socioambientais decorrentes das formas de uso destes patrimônios. Para isto, pelo procedimento metodológico fez-se a revisão bibliográfica sobre trabalhos produzidos por pesquisadores sobre o Alto Rio Negro; foram realizadas sessenta entrevistas com idosos, adultos e jovens indígenas falantes das três línguas co-oficializadas no município de São Gabriel da Cachoeira em 2002: Baniwa, Nhengatú e Tukano; a observação direta enfocou os impactos socioambientais sobre o patrimônio. Os resultados indicam que: a cultura, o patrimônio e o território na concepção indígena estão intimamente conectados e determinam os modos de vida, os valores dispostos por todo o território; o registro do patrimônio por si só não fortalece a identidade, esta deve ser difundida e praticada através da educação ambiental/patrimonial nas escolas e comunidades. As conclusões que faz é que as leis existentes encontram-se sempre em fase de implantação e experiências, mas não correspondem à realidade. Por isso tem-se como proposição ouvir e ver o futuro preconizado por estes povos que legitimam a posse do território referenciados em suas memórias herdados de seus antepassados e deixem de ser objetos de estudo e tornem-se sujeitos do próprio conhecimento.