A natureza originária numa geografia sob protesto: uma análise dos movimentos socioterritoriais indígenas no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Costa, Bruna Gonçalves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/254939
https://orcid.org/0000-0003-3313-7639
Resumo: A pesquisa em questão se apoia em três pilares fundamentais: o DATALUTA Floresta, que fornece dados sobre ações coletivas, movimentos, povos e comunidades organizadas; as contribuições indígenas através de suas produções acadêmicas, literárias e entrevistas; e os trabalhos de campo em ações coletivas nacionais promovidas pelos povos indígenas. O período de estudo abrange de 2020 a 2023, incluindo a criação e desenvolvimento do banco de dados do DATALUTA Floresta e participação em mobilizações como o Acampamento Terra Livre, Encontro Nacional dos Estudantes Indígenas, Marcha das Mulheres Indígenas e manifestações contra o Marco Temporal. O objetivo principal da pesquisa é compreender a produção e disputa pelos territórios através da luta indígena coletivamente organizada, considerando a organização dos povos indígenas na luta por seus territórios possui elementos suficientes para caracterizá-lo como movimentos socioterritoriais e sendo o território uma das principais reivindicações originárias. Além disso, a dissertação marca um compromisso contínuo com a descolonização intelectual, iniciando-se com a valorização das vozes e perspectivas indígenas e incluindo uma análise crítica do cânone acadêmico dominante. A pesquisa busca evidenciar as interconexões entre diferentes formas de conhecimento, ampliando as perspectivas sobre questões geográficas e confrontando as estruturas coloniais presentes na academia e na sociedade em geral. Os capítulos da dissertação abordam desde o método de pesquisa adotado até a análise das ações coletivas dos povos indígenas entre 2020 e 2022, destacando os desafios enfrentados, as estratégias de resistência e a organicidade dos movimentos socioterritoriais. A hipótese central é que a organização dos povos indígenas na luta por seus territórios pode ser caracterizada como movimentos socioterritoriais, tanto constituídos quanto não-constituídos, ambos marcados pela defesa do território como elemento central de sua luta.