Oriximiná terra de negros: trabalho, cultura e luta de quilombolas de Boa Vista (1980-2013)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Archanjo, Elaine Cristina Oliveira Farias
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/1635080726330664
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Humanas e Letras
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em História
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4589
Resumo: Este estudo versa sobre a luta da comunidade remanescente de quilombo Boa Vista, localizado no rio Trombetas, município de Oriximiná, para titulação de suas terras, com base no artigo 68 do ADCT da Constituição de 1988. Buscou-se por meio da memória social, as narrativas orais de moradores da comunidade, analisar o processo histórico de formação da comunidade quilombola de Boa Vista pela luta de trabalhadores, homens e mulheres daquela localidade. Procurou-se compreender como esses sujeitos historicizam suas experiências e trajetórias de vida na luta pela terra, evidenciando o processo de cercamento, bem como a gênese do movimento quilombola do Trombetas e suas estratégias de enfrentamento social e política e por fim analisar a organização entorno de sua identidade de Remanescente de Quilombo. A metodologia da História Oral é o aporte teórico que deu sustentação a este estudo. Boa Vista foi à primeira comunidade remanescente de Quilombo reconhecida e titulada no Brasil e seu modelo de organização será utilizado por outras comunidades. Ao finalizar o estudo constatou-se que, ao longo de sua história, a comunidade de Boa Vista enfrentou conflitos que se manifestaram sob a forma de expropriações, de luta e contestação pelo direito de permanência e usos das áreas, de novas regras e normas. Das ações expropriadoras, a qual foi submetida à comunidade quilombola de Boa Vista, resultou a subtração de grande parte do território historicamente ocupado, perdendo seu espaço de trabalho, lazer e de lembranças, além da garantia de sobrevivência por meios próprios de todo um modo de vida.