Educação do campo e da floresta: um olhar sobre a formação docente no Programa Asas da Florestania no alto Juruá/AC
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Educação BR UFAM Programa de Pós-graduação em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3174 |
Resumo: | Esta dissertação - Educação do Campo e da Floresta: um olhar sobre a formação docente no Programa Asas da Florestania no Alto Juruá/AC - teve como objeto analisar e compreender um projeto de educação da floresta que vem sendo desenvolvido na região do Alto Juruá/Acre, mais especificamente na cidade de Cruzeiro do Sul, pelo Programa Asas da Florestania, na perspectiva da formação continuada de professores do campo e da floresta, no sentido de compreender, se e em que aspectos, sua proposta é coerente com a perspectiva emancipatória da educação do campo/da floresta/ribeirinha e quais os saberes que estão sendo valorizados na formação continuada de professores. Além de tentar apontar novos paradigmas a respeito da formação docente na floresta, desafios na valorização dos saberes e das lutas do campo, essa proposta se coloca na pauta das grandes discussões de políticas inclusivas. Para desenvolver esta investigação, adotou-se a metodologia da pesquisa de campo, de natureza qualitativa, cujos instrumentos de coleta de dados foram: contato direto, pesquisa bibliográfica e a técnica de entrevistas semiestruturadas. Os sujeitos ouvidos nesta investigação foram: dez educadores/as, duas coordenadoras regionais e a coordenadora geral do Programa. Por meio dos procedimentos adotados na análise dos dados, teoricamente subsidiada por autores de referência, pode-se perceber a forte influência e imposição à floresta, do modelo estatal hegemônico capitalista, pautado na dicotomia urbano/rural e na imposição de modelos educacionais com forte carga discriminatória frente aos saberes construídos no campo/floresta. Percebeu-se, porém, que nas últimas duas décadas, a educação do campo tem conseguido se apresentar em sua singularidade, a partir da concepção de que se vive em um país multicultural, heterogêneo, onde o povo adquiriu diferentes jeitos e olhares de manifestar seu pensamento, sua compreensão de mundo. Nesse sentido, a pesquisa se constitui como uma das formas possíveis de produzir conhecimento, reconhecendo a heterogeneidade e a necessidade de constituição de outros currículos e outras pedagogias, aquelas que sejam capazes de auscultar as vozes e garantir assento aos homens e às mulheres da floresta nas decisões e debates que lhes interessa. A pesquisa propugna pela construção da escola do campo ensejada nos movimentos sociais, que seja capaz de responder aos novos desafios, tensões e contradições presentes no campo/floresta, capaz de elevar a consciência crítica dos trabalhadores e trabalhadoras. |