O relatório de Jáder de Figueiredo, memórias, a violação dos direitos indígenas e a ditadura civil-militar no Amazonas (1962-1968).
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Humanas e Letras Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em História |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9304 |
Resumo: | A presente dissertação trata da problematização de documentos derivados de inquérito processual de 1962 que visou averiguar denúncias de irregularidades do Serviço de Proteção aos Índios (SPI), órgão responsável pela gestão e controle social de terras indígenas no Brasil. O Relatório Figueiredo, como ficou conhecido posteriormente o conjunto dos documentos reunidos nesse inquérito, contribuiu para pensarmos neste trabalho de investigação acadêmico sobre formas institucionais de violação de direitos indígenas de antes e após o golpe civil-militar de 1964 no país, e memórias de resistências daqueles homens e mulheres analisadas a contrapelo nessas fontes, bem como as intenções políticas e sociais que atravessaram então a produção histórica daquela narrativa processual. À luz destas questões, o genocídio indígena é analisado sob perspectivas de motivação social programática, que, no contexto da ditadura civil-militar no Brasil (1964/1985) teve suas frentes de atuação reforçadas e diversificadas, pela ideologia desenvolvimentista e outras estratégias de dominação de classe no período. No contexto dessas práticas, entre 1962 e 1967, também o estado do Amazonas aparece atuante em jogo de forças institucionais e sociais orientadas na região por interesses econômicos como usurpação de direitos consuetudinários, que, compreendidos na conjuntura das relações históricas que envolveram a realização daquele inquérito, nos ajudam a ampliarmos perguntas e entendimentos sobre a formação do mundo do trabalho na Amazônia brasileira como investida sistemática contra os direitos indígenas, seus modos de vida, culturais e de luta. |