O nawê (rapé) entre os Yawanawa: Xamanismo e sociopolítica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Santos, Hélio Marcos dos
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/6268335424418365
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Antropologia Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10765
Resumo: O presente trabalho sobre o povo Yawanawa tem como objetivo apresentar uma descrição geral, mesmo que abreviada, do uso rapé, distinguindo alguns aspectos relevantes em três frentes principais: A historicidade particular do grupo, o xamanismo interno, e suas implicações sociopolíticas no relacionamento com o xamanismo no contexto urbano. O xamanismo Yawanawa pode ser caracterizado principalmente pelo uso de substâncias enteógenas, com destaque para o rapé, empregado como um elemento agenciador de contato com os espíritos, sem o qual não seria concebido a realização de cerimônias rituais. O rapé é de vital importância na formação do corpo do xamã e utilizado na construção das redes de relações externas, cumprindo um importante papel interno na manutenção da tradição Yawanawa. A partir dos dados colhidos e demonstrados na esteira desses três eixos básicos, traçamos um paralelo entre as relações internas e externas ao grupo, que nos permitem observar a importância do uso do rapé nas ações rituais, ressaltando suas peculiaridades no agenciamento da construção, manutenção e expansão das redes de relações antigas e contemporâneas. As pesquisas de campo partiram das experiências empíricas realizadas no amplo contexto urbano, e posteriormente afunilaram-se nas investigações focadas num grupo central na aldeia Yawarani. Essa mesma dinâmica foi utilizada na construção da dissertação, acionada da amplitude contextual genérica para a pontualidade específica do fenômeno examinado. O mesmo processo serve de preparo para as análises com potencial mais sensível, que partem da materialidade do objeto pesquisado amplo, para penetrar na subjetividade, das camadas profundas da metafísica nativa. Essa mecânica no corpo do texto, ampliando e centralizando o olhar, permite igualmente trabalhar com aspectos do passado histórico e mitológico para entender algumas atuações presentes, um mecanismo utilizado pelos nativos para justificar a utilização do rapé. Palavras-chave: Rapé Yawanawa. Xamanismo. Sociopolítica