Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
BOMFIM NETO, Virgilio de Almeida |
Orientador(a): |
REESINK, Edwin Boudewijn |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Antropologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/51757
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Resumo: |
Tendo como ponto de partida as dinâmicas interétnicas e a revitalização do xamanismo Noke Koî e Yawanawa, esta pesquisa busca esclarecer as relações humanos e plantas na Amazônia contemporânea. O exame antropológico da redescoberta e dos significados correntes que circundam as plantas nos auxiliará na demarcação da dialética semântica que ocorre nas alianças entre indígenas e cidadãos cosmopolitas, mediadas em especial, mas não unicamente, pela ayahuasca. Retraçamos a origem da consagração dos enteógenos, bem como dos conceitos chaves que conformaram o atual entendimento científico e cultural globalizado sobre as plantas dessa natureza, criando assim o fundamento reflexivo sobre o qual desenvolvemos a pesquisa etnográfica. Focalizando nos estudos etnológicos das Terras Baixas da América do Sul destacamos a magnitude simbólica da ayahuasca e outras poções, nas ontologias e práxis xamânicas, sua eficácia na mediação das relações entre alteridades, com a ancestralidade e o cotidiano dos povos mencionados. Após a elucidação do papel das plantas na sociabilidade de ambas etnias, descrevo a história e os aspectos sociológicos do movimento de fortalecimento cultural a partir do xamanismo. Ayahuasca, tabaco e suas ritualísticas são facilitadores de encontros e alianças caracterizados pela contínua emergência de agregados de significados e símbolos que delineiam um espaço discursivo mutuamente inteligível. O percurso etnográfico, bem como a elaboração sócio-histórica e antropológica, tornam evidente o papel das plantas enquanto agentes proeminentes do dinamismo identitário e cultural e como mediadoras do presente elo com segmentos das sociedades do Ocidente, união pela qual humanos e plantas entrelaçam os nós de uma emaranhada rede entre a floresta e o mundo. |