Atividade antidiabética da 4-Metoxichalcona isolada e nanoencapsulada
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | , |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Ciências Farmacêuticas Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Inovação Farmacêutica |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9649 |
Resumo: | O diabetes mellitus, uma alteração metabólica resultante de defeitos na secreção ou produção de insulina, tornou-se um sério problema de saúde pública em todo o mundo. Dadas as implicações das alterações metabólicas causadas pela diabetes na sociedade, economia e qualidade de vida, a busca por novas alternativas terapêuticas para essa doença é de extrema importância. Nesse contexto, o presente estudo teve como objetivo avaliar a atividade antidiabética da 4-metoxichalcona isolada (MPP) e de sua formulação nanoencapsulada (NC), por meio de ensaios in sílico, in vitro e in vivo. Inicialmente, a MPP foi sintetizada utilizando a reação de condensação de Claisen-Schmidt e, posteriormente, caracterizada e quantificada por RMN e espectrometria de massas. A nanoencapsulação do MPP resultou em uma formulação estável e de liberação prolongada, com características favoráveis, incluindo uma distribuição monomodal com tamanho de 187±3,85 nm, potencial zeta de -19,9 ± 0,72 mV, índice de polidispersão de 0,21 ± 0,007 e condutividade de 0,041 ± 0,004 mS. Essa formulação demonstrou estabilidade em ampla faixa de temperaturas (10 ̊C a 80 ̊C) e pH (1 a 5). A MPP apresentou resultados promissores, demonstrando ausência de toxicidade tanto in vitro quanto in vivo. Além disso, exibiu efeito hipoglicemiante em camundongos saudáveis e diabéticos durante o teste de tolerância oral à glicose (TTOG), embora não tenha apresentado o mesmo efeito no teste de tolerância oral à sacarose (TTOS). A administração oral tanto da MPP isolada quanto de sua formulação nanoencapsulada demonstrou efeito hipoglicemiante em camundongos diabéticos após tratamento de 7 semanas. Os níveis de glicemia obtidos com a nanocápsula contendo MPP (NC10 = 166±58) na dose de 10 mg kg-1 pc, metformina (MET200 = 199±64) e MPP (MPP200 = 123±44) na dose de 200 mg kg-1 pc foram estatisticamente equivalentes ao grupo não diabético (GN = 121±15), indicando que a nanoencapsulação potencializou em 20 vezes o efeito antidiabético da MPP. Além disso, foi observado um efeito antiglicante in vitro, e esses resultados foram corroborados pela redução dos níveis de HbA1c (%) nos grupos MET200, MPP200 e NC10, alcançando níveis comparáveis ao grupo não diabético (GN). É relevante destacar que o controle da glicemia foi alcançado sem causar dano hepático, conforme comprovado pelas baixas concentrações de malonaldeído (μmol/g) e pela histologia hepática. Esses resultados são de extrema relevância, uma vez que a MPP é uma molécula de baixo custo e de fácil obtenção. O desenvolvimento de uma nanoformulação ativa contendo essa molécula mostra-se como uma excelente opção terapêutica para o tratamento do diabetes. Assim, esse estudo contribui significativamente para a busca de novas abordagens farmacológicas no combate a essa doença metabólica crônica. Entretanto, são necessárias futuras investigações e ensaios clínicos para validar completamente o potencial terapêutico e a segurança dessa nanoformulação, de forma a viabilizar sua aplicação clínica e seu potencial como um medicamento eficaz no tratamento do diabetes mellitus. |