Avaliação da atividade antidiabética de extratos das cascas de Salacia impressifolia
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Ciências Farmacêuticas Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7674 |
Resumo: | Tendo em consideração o impacto causado pelas alterações metabólicas, como o diabetes, na sociedade, na economia e no estilo de vida, é de relevante importância a procura de novas alternativas terapêuticas oriundas de produtos naturais. Com isso, este trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antidiabética de extratos das cascas de Salacia impressifolia conhecida popularmente como “cipó miraruira” em modelos experimentais in vitro e in vivo. Inicialmente, quatro extratos foram obtidos por maceração sequencial em solventes de diferentes polaridades. Os extratos obtidos: Hexânico (EHSI), acetato de etila (EASI), metanólico (EMSI) e hidroetanólico (EhSI); foram avaliados in vitro quanto ao teor de fenóis e flavonoides, atividade antioxidante, efeito antiglicante e possíveis efeitos sobre a inibição de enzimas envolvidas no processo de absorção de carboidratos e lipídeos. O EHSI foi caracterizado quimicamente por RMN e foi avaliado quanto a sua citotoxicidade e efeito antidiabético in vivo. Foram realizados os ensaios experimentais in vivo com Camundongos Balb/c, machos, para o ensaio agudo do teste de tolerância oral à glicose foram utilizados camundongos não diabéticos e para o ensaio crônico foi realizada a indução do diabetes através de uma dieta hiperlipídica e injeção intraperitoneal de estreptozotocina (35 mg/kg) por 7 dias. Os camundongos com glicemia maior que 250 mg/dL foram considerados diabéticos, sendo monitorados por 25 dias. As amostras de sangue para a dosagem no soro de marcadores bioquímicos foram coletadas por punção cardíaca no último dia do experimento antes do sacrifício. A caracterização química do extrato hexânico por RMN evidenciou a presença de priestimerina, tingenona, α e β amirina como compostos maioritários. O EhSI teve em sua composição maior teor de compostos fenólicos e maior atividade antioxidante ao serem comparados ao EHSI. Nenhum dos 4 extratos inibiu significativamente a enzima α-glucosidase. Entretanto, o EHSI apresentou significativa atividade contra a enzima lipase com CI50 de 13,03±0,7 µg/mL e também inibiu a glicação por via oxidativa e não oxidativa com CI50 de 19,6±0,5 e 28,7±1 µg/mL. No teste de viabilidade celular o EHSI obteve CI50 de 12,26µg/mL a 72 horas após o tratamento e no teste de toxicidade aguda in vivo não foi capaz de promover óbito nos animais na concentração única de 2000 mg/kg. Nos ensaios in vivo de avaliação do efeito agudo, o extrato hexânico na concentração de 100 e 50 mg/kg estimulou a captação de glicose e também diminuiu a glicemia de animais diabéticos quando tratados com as mesmas concentrações por 25 dias. Nas análises bioquímicas, o EHSI promoveu a diminuição da glicose, insulina, TGO, triglicerídeos e um aumento da creatinina ao serem comparados com os camundongos diabéticos não tratados. Em conclusão, o extrato hexânico das cascas de S. impressifolia apresenta um ótimo potencial antiglicante in vitro e hipoglicemiante in vivo, que corrobora o uso popular da espécie. Os dados obtidos foram importantes para a caraterização biológica desta planta e sua aplicação como um possível fitoterápico para o tratamento do diabetes. |