Análise comparativa da pressão arterial sistêmica por meio de três aparelhos distintos
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | , |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas - Universidade do Estado do Pará
Faculdade de Enfermagem Brasil UFAM - UEPA Programa de Pós-graduação em Enfermagem |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7001 |
Resumo: | Introdução: A medida da pressão arterial é uma prática comum na avaliação clínica, independente da especialidade de atendimento, recomendada pela Sociedade Brasileira de Hipertensão em toda e qualquer avaliação de saúde por meio de equipamentos validados e calibrados. O objetivo desse estudo está focado em analisar se há diferenças dos valores da pressão arterial sistêmica, obtidos por meio de aparelhos de pressão digital de braço e de pulso, quando comparados ao aparelho de pressão arterial de coluna de mercúrio. Método: Trata-se de um estudo transversal, quase experimental, realizado com servidores da reitoria de duas universidades públicas. A amostra aleatória simples foi composta por 223 indivíduos, com idade igual ou superior a 18 anos, cuja circunferência de braço mede entre 18 a 36 cm e a do pulso entre 13,5 a 21,4 cm. Para cada participante foram realizadas cinco medidas da pressão arterial, sendo três medidas com esfigmomanômetro coluna de mercúrio, uma com o aparelho digital de braço e uma com o aparelho digital de pulso, conforme a técnica estabelecida pela VII Diretrizes Brasileira de Hipertensão e o Manual do fabricante dos aparelhos digitais. A coleta dos dados ocorreu entre janeiro e março de 2018, realizada por uma equipe de pesquisa devidamente capacitada e cegas entre si em relação às leituras da medida da PA. Os dados foram organizados no programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS) versão 21.0 e as análises estatísticas foram feitas com o uso do programa Minitab 17. Inicialmente foram realizadas análises descritivas por meio da frequência absoluta (n) e relativa (%) para as variáveis categóricas. Na análise dos dados quantitativos, foram calculados a média e o desvio-padrão (Dp) para as variáveis que apresentaram distribuição normal por meio do teste de Shapiro-Wilk. Nas hipóteses rejeitadas de normalidade foi calculado a mediana, os quartis (Q1 e Q3) e o intervalo interquartil, que é a diferença entre Q3 (75%) e Q1 (25%). Na comparação das medianas foi aplicado o teste não-paramétrico de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis. Para avaliar a relação entre as variáveis quantitativas que não apresentaram distribuição normal foi aplicado o coeficiente de correlação de Spearman e aplicado o teste t-student para verificar a hipótese de correlação igual a zero. Para a análise dos limites de concordância entre os valores da pressão arterial sistólica (PAS) e arterial diastólica (PAD), determinados pelos diferentes métodos de medida da pressão arterial, fez-se uso do método de Bland e Altman. Resultados: O estudo incluiu 223 participantes, com idade mediana de 35 anos, sendo a maioria mulheres (61,9%). A análise mostrou que a mediana da PAS foi similar entre os aparelhos digital de braço e de pulso na comparação com o esfigmomanômetro coluna de mercúrio. Entretanto, houve diferença estatística da PAD para o aparelho digital de pulso maior em 4 mmHg em comparação com esfigmomanômetro coluna de mercúrio, (p<0,001). A correlação e a concordância entre os aparelhos digital de braço e pulso foram fortemente positivas, (p<0,001), porém, as leituras obtidas com o aparelho digital de braço apresentaram maior semelhança com as leituras do esfigmomanômetro coluna de mercúrio. A diferença absoluta das leituras dentro de 5 mmHg entre o aparelho digital de braço e coluna de mercúrio foram de 52% e 71% para a PAS e PAD, respectivamente. Enquanto que a diferença absoluta das leituras dentro de 5 mmHg entre o aparelho digital de pulso foi de 55,2% para PAS e 48,9% para PAD. Observou-se uma variabilidade de 2 a 3 mmHg entre as leituras para ambos, nos participantes com PA elevada. Conclusão: O estudo revelou que os aparelhos digitais testados mostraram forte correlação positiva e alta concordância com o esfigmomanômetro coluna de mercúrio. Nas leituras de ambos os aparelhos testados, sugere que os profissionais de saúde devem ter cautela na utilização de aparelhos digitais ao se tratar de indivíduos com PA elevada, evitando o uso do aparelho de pulso, mesmo que esses aparelhos ofereçam portabilidade e conveniência. |