Mansonelose no munícipio de São Gabriel da Cachoeira, Amazonas, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Silva, Lucyane Bastos Tavares da
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/0291406169347800
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Ciências Farmacêuticas
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Saúde, Sociedade e Endemias na Amazônia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5464
Resumo: As filárias são parasitas pertencentes ao filo Nematoda, superfamília Filarioidea, transmitidos por insetos vetores como simulídeos, ceratopogonídeos e culicídeos. Dentre as filárias que causam doenças em humanos, destacam-se: Wuchereria bancrofti, Brugia malayi, Brugia timori, Onchocerca volvulus, Mansonella ozzardi, Mansonella perstans, Mansonella streptocerca e Loa loa. Na Amazônia brasileira, destacam-se três espécies: O. volvulus, agente da oncocercose, e M. ozzardi e M. perstans, agentes da mansonelose. A mansonelose causada pela M. ozzardi trata-se de uma doença cuja patogenicidade ainda é alvo de discussões, apresentando sintomatologia pouco característica, sendo comumente confundida com outras patologias tropicais, como a malária. Essa patologia apresenta prevalências que aumentam com a idade, acometendo preferencialmente, indivíduos do sexo masculino e com maior exposição ao vetor. A infecção por esse parasita era tipicamente rural, no entanto as prevalências em áreas urbanas tem crescido e se equiparado àquelas encontradas em áreas rurais. Com o intuito de verificar a ocorrência de mansonelose no município de São Gabriel da Cachoeira(AM), foi realizado um estudo epidemiológico transversal, com coleta de sangue, através de punção digital, para impregnação em papel de filtro e confecção de lâmina de gota espessa, nos períodos de Julho a Agosto de 2015. O material foi armazenado em temperatura de geladeira (4oC a 8oC) até a chegada ao Laboratório Multiusuário do Instituto Leônidas e Maria Deane da Fundação Oswaldo Cruz, em Manaus, onde foram submetidas às etapas posteriores, de extração de DNA, Nested PCR, sequenciamento e leitura das lâminas de gota espessa. Dos 497 indivíduos analisados, 81 (16,3%) apresentaram resultado positivo pela análise molecular e 39 (7,9%) pela técnica de gota espessa, sendo que destes 50 (22,4%) pertenciam ao sexo masculino e 31 (11,3%) ao sexo feminino. Dos 81 indivíduos positivos pela FnPCR, 37 (45,7%) residiam em área considerada urbana (área 1), 20 (24,7%) em área periurbana (área 2) e 24 (29,6%) em área rura (área 3). Dos 39 participantes positivos pela técnica de gota espessa, 13 (33,3%) eram residentes em área urbana, 14 (35,9%) em área periurbana e 12 (30,8%) em área rural. O estudo revelou que não foi encontrada diversidade do parasita na região, no período de julho a agosto de 2015, com a obtenção de sequências compatíveis apenas com as de Mansonella ozzardi, demonstrando ainda que técnica molecular representa um potencial importante para o levantamento da epidemiologia de filárias na região, podendo ser utilizada com coleta simples, por punção digital, em papel de filtro facilitando a realização de levantamentos em áreas distantes e com restrições logísticas.