Distribuição espacial de epífitas vasculares na Amazônia Central

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Silva, Jefferson José Valsko da
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/3486571475050533
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Biológicas
BR
UFAM
Programa de Pós-graduação em Diversidade Biológica
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3614
Resumo: O presente estudo teve como objetivo caracterizar a distribuição espacial (horizontal e vertical) de epífitas vasculares ao longo duas cotas altitudinais de 57 e 67 metros de altitude ao nível do mar de uma vertente na Floresta Ombrófila Densa na Amazônia Central, situada Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Tupé na zona rural no município de Manaus, à margem esquerda do rio Negro, aproximadamente 25km em linha reta do centro da cidade, a uma altitude média 20m acima do nível do mar. Para a amostragem da área foi utilizado o método de ponto-quadrante, abrangendo 1,076 ha. O componente epifítico foi quantificado em 32 forófitos com (DAP ≥30 cm) com presença de epífitas. Foi classificada como CoA (cota alta com altitude de 67 m) e CoB (cota baixa com altitude de 57m). No estudo da distribuição horizontal as epífitas foram classificadas de acordo com sua característica de fixação ao substrato (hemiepífitas e holoepífitas), também foi analisada seu tipo de dispersão (zoocórica ou anemocórica). Para o estudo da distribuição vertical, os forófitos foram divididos em quatro zonas de estratificação vertical. Para o levantamento das epífitas foi utilizado o método de escalada com o auxílio de equipamento de rapel. O agrupamento vegetativo de uma espécie de epífita foi determinado como 1 indivíduo . Todo o material fertil coletado foi herborizado e depositado no Herbário da Universidade Federal do Amazonas (HUAM). Para verificar se havia diferença da composição de epífitas entre as cotas altimétricas (distribuição horizontal) foi utilizado análises de agrupamento PCA, Two-way Cluster Analysis e Twinspan no programa PCORD 6. Já para a análise de distribuição vertical foi utilizada análise de similaridade (Cluster Analysis) e Análise de Correspondência Retificada ou DCA (Detrended Correspondence Analysis), também pelo PCORD 6. No levantamento total, foram encontradas 36 espécies de epífitas em 9 famílias. Orchidaceae e Araceae foram as que apresentaram maior riqueza, sendo que Codonanthe crassifolia (Gesneriaceae) foi a espécie que obteve maior número de indivíduos. Nesse estudo foi encontrado uma maior porcentagem de epífitas com o hábito holoepifítico (67%) e com dispersão de sementes do tipo anemocórica (53%) Os resultados das análises multivariadas mostram uma distinção das duas cotas altimétricas, dividindo-a em cota alta (CoA) e cota baixa (CoB). A riqueza de epífitas das cotas altimétricas foi de (H = 2,87017) para a CoB e (H = 2,11417) para a CoA. Houve um maior porcentagem de espécies anemocóricas (59%) na CoB e um maior maior porcentagem de espécies zoocóricas (66%) na CoA, confirmando que existe diferença na composição de epífitas em diferentes cotas altimétricas na Amazônia Central. Entretanto na distribuição vertical a zona 3 foi a mais abundante em número de indivíduos e, posteriormente, a ela foi a zona 2, porem com um maior índice de (H =2,83164). Apesar da porcentagem de explicação das análises de similaridade e DCA de ambas as cotas serem baixas, indicou que a CoA apresenta-se uma distribuição vertical mais significativa, podendo estar relacionada com a alta umidade e luminosidade nesse ambiente. Já para a CoB, a análise de similaridade indicou formação de gradiente para a distribuição vertical. Isso pode ter ocorrido pelo fato da pouca entrada de luz nesse ambiente e a alta umidade que parece estar agindo de forma semelhante nas quatro zonas de estratificação, podendo alguns indivíduos estabelecerem em alturas diferentes da sua preferência. Apesar disso, observou-se que as zonas 1 e 2 apresentavam semelhanças, ocorrendo o mesmo para as zonas 3 e 4. Contudo o estudo da distribuição espacial das epífitas na Amazônia Central pode estar relacionado com os fatores abióticos umidade e luminosidade que foi percebido em cada ambiente.