O parto na fronteira amazônica Brasil e Peru: etnografia sobre a assistência obstétrica no município de Benjamin Constant / Amazonas.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Campos, Ana Maria de Melo
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/2259445507787883
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Antropologia Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6622
Resumo: Esta dissertação apresenta uma etnografia sobre a assistência médico-hospitalar às grávidas, brasileiras e peruanas. Teve como objetivo descrever as práticas adotadas pelos profissionais de saúde no hospital, durante o trabalho de parto, parto e pós-parto no período de 2015 a 2017. A construção da pesquisa abrangeu revisão bibliográfica, pesquisa documental, entrevistas semi-estruturadas e observação participante. Por meio desses recursos foi possível compreender e descrever o atual Sistema de Saúde Pública em Benjamin Constant e Islândia; as relações sociais entre brasileiros e peruanos; as relações entre os profissionais de saúde e as mulheres grávidas em Benjamin Constant; as narrativas dos profissionais de saúde e das mulheres sobre os partos. Participaram da pesquisa uma grávida brasileira e duas peruanas que se identificam como indígenas, e profissionais de saúde que atuaram na Ala Obstétrica do Hospital de Benjamin Constant. Evidenciei duas questões que considero como as principais contribuições deste trabalho, a primeira diz respeito ao fato de que as parturientes não conhecem seus direitos e, portanto, na maioria das vezes não se reconhecem como vítimas de violência obstétrica, em segundo, identifiquei que os profissionais que atuam diretamente na ala obstétrica alegam não ter conhecimentos sobre parto humanizado e os médicos e enfermeiros que, por sua vez, teriam mais acesso a tal conhecimento, não o colocam em prática na rotina laboral, especialmente devido aos preconceitos arraigados sobre o corpo feminino, sua nacionalidade, religião ou etnia.