Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Dalle Molle, Aline Maria Altenhofen |
Orientador(a): |
Machado, Maria Paula Prates |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/271619
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Resumo: |
Esta dissertação aborda como mulheres gordas diagnosticadas "obesas" entendem seus corpos e experienciam a gestação, parto e outros eventos relacionados à saúde materna e reprodutiva nos serviços de saúde e fora deles, diante das correlações com tal diagnóstico, a partir da pergunta "como o entendimento biomédico de obesidade impacta mulheres gordas gestantes no SUS?". Questiona se a existência de um modelo universalizante de "obesidade", que patologiza corporalidades gordas e grávidas e pode definir quais pessoas estariam aptas a engravidar, contribuindo para injustiças reprodutivas e justificando discriminações e violências. A composição "gestante-gorda" indica dupla patologização, tanto pelo corpo que engravida, quanto pelo corpo gordo, podendo tais corporalidades serem compreendidas como doentes, anormais, em riscos, e ainda invisibilizadas, culpabilizadas ou punidas, o que pode causar tristeza, vergonha, medos e dúvidas. Atenta-se a violações de direitos pela falta de acessibilidade e abusos físicos e emocionais relacionados aos entendimentos biomédicos e estigmas/preconceitos imbuídos nos atendimentos de saúde materna, nessa intersecção da gordofobia estrutural e médica com casos de violência obstétrica, que denomino gordofobia obstétrica. Surge o corpo gordo/a gordura corporal como um importante marcador social para tratar de gestação, maternidades, saúde e acessibilidade, ao lado de outros como classe, raça e idade. Ressalta-se que pessoas em seus corpos gordos podem experienciar gestações e partos saudáveis, e trazer suas experiências à cena possibilita novas compreensões acerca das potencialidades das corporalidades gordas e visibiliza outras possibilidades de gestar, parir, maternar e bem-estar para além das "ideais". Para chegar a essas reflexões, realizei pesquisa qualitativa com abordagem etnográfica que compreende interlocuções por entrevistas abertas on line e presenciais com 3 usuárias do SUS que tiveram bebê há até 2 anos e já se denominavam gordas anteriormente à gravidez, além de observação não participante de grupos na rede social Facebook e fórum on-line de gestantes (que incluem serviços de saúde particulares), com notas em diário de campo. |