Efeitos centrais e periféricos da implantação de células tronco hematopoéticas associado ao uso de fator estimulador de colônia de granulócitos na insuficiência cardíaca experimental
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Biológicas Brasil UFAM Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5304 |
Resumo: | Introdução: Alterações imunológicas e morfológicas na musculatura esquelética são associadas com piora da capacidade funcional após infarto do miocárdio, somado às modificações centrais. Um melhor entendimento dos mecanismos centrais e periféricos envolvidos na insuficiência cardíaca é necessário para desenvolvimento de estratégias terapêuticas específicas, como a utilização de células tronco (CT) ou fator estimulador de colônia de granulócitos (G-CSF) para diminuir ou prevenir atrofia muscular presente nesta síndrome, além das mudanças imunológicas deletérias. Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da administração de células tronco ou/e fator estimulador de colônia de granulócitos nas modificações cardíacas e mudanças teciduais periféricas após a indução de infarto do miocárdio experimental. Metodologia: Em camundongos Balb/C foi induzida a ligadura da artéria coronária esquerda. Os animais do grupo Controle foram submetidos ao procedimento cirúrgico sem a ligadura da artéria. Uma semana após o procedimento, os animais foram submetidos a tratamento com PBS (IM+PBS), G-CSF (IM+G-CSF) ou G-CSF associado à CT hematopoética (IM+GCSF+ CT). Os animais foram observados por um período de quatro semanas, sendo então realizada análise ecocardiográfica, teste de esforço e coleta de tecidos (coração, pulmão, diafragma, fígado e músculo periférico) para análise de citocinas e mudanças estruturais. Resultados: Os resultados demonstram que todos os tratamentos propostos foram capazes de diminuir a área de infarto, de maneira mais evidente após a administração de G-CSF. Por outro lado, o G-CSF induziu a pior resposta no teste de esforço (menor distancia total percorrida e velocidade final alcançada). A análise das citocinas teciduais esqueléticas demonstrou aumento da frequência de altos produtores de citocinas pró-inflamatórias como TNF-α, IL-6, IL-12, IFN-γ, IL1-β e IL-4 em camundongos infartados, resultando em desequilíbrio no balanço anti/pró-inflamatório da resposta imune. Os tratamentos propostos apresentaram comprometimento negativo durante o uso de G-CSF isolado e resultados satisfatórios quando associado ao uso das CTs. Conclusão: Concluiu-se que a utilização de G-CSF sozinho parece ser responsável por ampliar o processo inflamatório em animais infartados conduzindo a uma diminuição da capacidade funcional do músculo esquelético, o qual reflete em desempenho inferior no teste de esforço. Em contraste, a utilização de G-CSF, em associação com CT hematopoiéticas parece ter um efeito benéfico no processo inflamatório modulando a resposta e refletindo em menor efeito deletério na síndrome da insuficiência cardíaca. |