Avaliação do controle do mosquito Aedes aegytpi (Linnaeus) utilizando cultivo misto entre fungos endofíticos amazônicos e antárticos

• Ano de defesa: 2021
• Autor(a) principal: Menezes Júnior, Orivaldo Teixeira de
• Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/3213227467880102
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas; Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia - Itacoatiara; Brasil; UFAM; Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia para Recursos Amazônicos
• Palavras-chave em Português: CIENCIAS EXATAS E DA TERRA; Arboviroses; Metabólitos secundários; Cultivo axênico; Co-cultivo; Bioatividade larvicida
• Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8588

Aedes aegypti representa ameaça à saúde pública mundial por ser transmissor de arboviroses como febre amarela, chikungunya, zika e dengue. O combate a esse artrópode por meio de pesticidas sintéticos tem gerado resistência e, consequentemente, diminuição de eficiência, de modo a ser necessário novos meios de controle desse agente transmissor. Diante disso, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a atividade larvicida contra larvas de 3º estágio de Ae. aegypti dos extratos de 21 fungos endofíticos amazônicos dos gêneros Colletotrichum, Diaporthe, Guignardia, Phomopsis e Xylaria e dos fungos endofíticos antárticos Arthrinium sp. e Epicoccum dendrobii e, posteriormente, avaliar a influência da co-cultura entre fungos amazônicos e antárticos sobre a bioatividade. Os fungos foram cultivados em meio líquido inicialmente de forma isolada para a obtenção dos extratos, os quais foram submetidos aos bioensaios larvicidas. Posteriormente fez-se o cultivo misto dos fungos amazônicos Colletotrichum siamene (FFT03) e Guinardia sp. (FAT06) com os fungos antárticos Arthrinium sp. (ARTH) e Epicoccum dendrobii (DEND). Os resultados mostraram que os extratos dos fungos Phomopsis sp. (PH), Phomopsis sp. (CAT12), Diaporthe sp. (FFT15), Guignardia sp. (FAT06), Colletotrichum siamense (FFT03) foram ativos nos bioensaios larvicidas. Observou-se ainda que os extratos de FFT03 e FAT06 tiveram suas atividades diminuídas quando co-cultivados com os fungos antárticos. Provavelmente a interação fúngica no cultivo misto pode ter resultado no silenciamento de agrupamentos de genes biosintéticos ou em processo de biotransformação de metabólitos, entre os quais possivelmente estavam os com ação larvicida, o que refletiu nos resultados obtidos. Com a desreplicação dos extratos de FFT03 e FAT06 por rede molecular atribuiu-se similaridade estrutural dos metabólitos presentes nos extratos com compostos presentes no banco de dados da Global Natural Products Social Molecular Networking (GNPS) que foram: citocalasina, cumarina, meroterpenoide e dicetopiperazina. Por fim, foi demostrado o potencial larvicida de fungos endofiticos amazônicos, que podem ser meios alternativos de combate a Ae. aegypti.