Efeito da exposição de ovos e larvas de Osteocephalus taurinus Steindachner, 1862 - (Anura, Hylidae) à água contaminada de dois igarapés de Manaus - AM: toxicidade aguda e crônica
Ano de defesa: | 2011 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Biológicas BR UFAM Programa de Pós-graduação em Diversidade Biológica |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3632 |
Resumo: | Este trabalho teve como objetivo verificar através de exposições a curto e longo prazo, os efeitos diretos e indiretos das águas contaminadas dos Igarapés do Mindu e do Quarenta sobre larvas do anuro, hilídeo Osteocephalus taurinus. Para tanto, foram realizados dois experimentos através de exposições de 96hs a um gradiente crescente de concentrações, se avaliou os efeitos agudos da contaminação, sobre ovos e larvas em estágio 25 larva livre, natante e sem a presença de brânquias externas. Não foi verificada mortalidade e nem anomalias aparentes em curto prazo para ambos os igarapés tanto para os estágios de ovo, como para o de larva. Para avaliação dos efeitos crônicos da exposição, foram utilizadas larvas em estágio 25 de Gosner, onde estas foram expostas às águas contaminadas até alcançarem a metamorfose em um experimento unifatorial utilizando um tratamento Controle e dois outros utilizando 100% da concentração da água dos respectivos igarapés. Os compostos nitrogenados [Amônio (NH ), Nitrito (NO ) e Nitrato (NO )] verificados ao + - 4 2 3 longo dos experimentos mostraram-se sempre em maior concentração para o Igarapé do Mindu em relação ao do Quarenta e, apesar de as concentrações de pH, oxigênio dissolvido e temperatura terem se mantido sempre próximas entre os tratamentos e tendo ainda todos os indivíduos recebido a mesma alimentação, nos dois tratamentos com água dos igarapés, houve diferença significativa na duração do período larvário, no tamanho da metamorfose bem como na taxa de crescimento em relação ao Controle. O período larvário no Igarapé do Mindu foi menor, com o tamanho e a taxa de crescimento maiores em relação ao Controle. Já no Igarapé do Quarenta, a situação se inverteu, foi observado um período larvário maior, com o tamanho na metamorfose e a taxa de crescimento menores que no Controle. Os efeitos crônicos produzidos por exposição à água de igarapés contaminados são indícios de que a contaminação contínua dos igarapés e/ou córregos urbanos pode desequilibrar a dinâmica populacional de anfíbios, trazendo consigo, outras alterações ecológicas. Estes resultados demonstram possíveis conseqüências da contaminação por efluentes urbanos sobre comunidades larvárias de anfíbios de igarapés e poças de floresta de terra firme. |