Comunidade quilombola de Santa Tereza do Matupiri: autoimagem, construção sócio-histórica e territorial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Oliveira, Georgio Ítalo Ferreira de
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/1416539464143571
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Humanas e Letras
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6060
Resumo: O presente estudo teve como temática "Comunidade Quilombola de Santa Tereza do Matupiri: autoimagem, construção sócio-histórica e territorial", esta comunidade está localizada na região do Rio Andirá, município de Barreirinha, Estado do Amazonas. O objetivo principal desta pesquisa é reconstituir a autoimagem, construção sócio histórica e territorial do Quilombo de Santa Tereza do Matupiri, bem como identificar através dos relatos orais, etnografia do lugar um processo de resistência e formação de redes de solidariedade, entre os moradores das comunidades que compõe esse quinteto quilombola do Rio Andirá. A pesquisa contou com a participação de alguns moradores da comunidade de Santa Tereza, pessoas com raízes na genealogia negra, ativos de sua própria história, sendo povos marcados pela resistência e luta em favor das presentes e futuras gerações. O estudo foi fundamentado na História Oral, em abordagem qualitativa, tendo como recurso de investigação entrevistas semi-dirigidas aos colaboradores e registro em caderno de campo, essas técnicas foram fundamentais para a coleta de dados. As fontes basilares que fomentaram teoricamente este trabalho foram Sales (1971), Gomes (1997, 2003), Sampaio (1997, 2008, 2011), Almeida (1998, 2006, 2008, 2012), Alencastro (2000), Funes (2003), Chambouleyroin (2006), Cavalcante (2013), Pozza Neto (2011), Oliveira (2015). Os resultados desta pesquisa no tangem à autoimagem, construção sócio-histórica e territorial, contemplam de maneira assertiva aos objetivos tratados na proposta proto deste trabalho, e que no decorrer da dissertação as indagações levantadas encontraram respostas nas falas da rede de colaboradores que compuseram a pesquisa de campo. Que após longos anos de lutas travadas, conseguiram lograr êxito em suas reivindicações por território e finalmente tendo suas terras reconhecidas como comunidades quilombolas. De acordo com a Fundação Palmares sob a portaria n° 176, de 24 de outubro de 2013, registrou-se no Livro de Cadastro Geral n° 16, o reconhecimento coletivo das Comunidades de Boa Fé, Trindade, São Pedro, Ituquara e Matupiri como comunidades quilombolas. O reconhecimento dessas populações quilombolas localizados no Rio Andirá garantem às gerações afrodescendentes a valorização de sua matriz étnica, admitindo a existência de um povo legalmente constituído, e cuja formalização outorgada pelo estado e aqui enfatizada é resultado de lutas e persistência das populações tradicionais (negras) do Rio Andirá. Diante dos resultados apresentados espera-se que esse território quilombola receba atenção do poder público, da esfera federal, estadual e municipal, e dessa forma a história, a identidade e a memória do negro possa se manter viva na Amazônia.