As territorialidades da juventude na comunidade quilombola Barra de Aroeira, em Santa Tereza do Tocantins - TO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Amaral, Gláucia Bastos do
Orientador(a): Pereira, Carolina Machado Rocha Busch
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Tocantins
Porto Nacional
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geografia - PPGG
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11612/870
Resumo: Procura-se enfocar as territorialidades da juventude na comunidade quilombola Barra de Aroeira, a partir da identidade quilombola em interação com as transformações geográficas presentes no território. Busca-se compreender a identidade étnica vinculada ao território, analisar a relação da juventude na constituição da comunidade e interpretar a rede de itinerários dos jovens através das territorialidades. Par tal, seguimos pelos caminhos metodológicos através do levantamento bibliográfico, seguido das vivências geográficas com a observação participante, a história oral, as entrevistas semiestruturadas que foram gravadas e os registros fotográficos. Ainda lançamos mão da análise documental. Os jovens quilombolas vivem os dilemas entre permanecer na comunidade ou sair dela. O motor impulsor dos jovens que saem é a busca por outras oportunidades, principalmente no trabalho e também em poucos casos para continuação dos estudos. Entende-se que a categoria jovem faz parte de uma construção social e, portanto, é necessário se referir a juventudes no plural, uma vez que ela representa a diversidade de situações nas quais os jovens estão imersos, como: classes sociais, etnias, religião, gênero, geograficidade. Os jovens quilombolas de Barra de Aroeira vivem uma geograficidade voltada para o universo rural, com vínculo étnico ancorado no território. Os jovens quilombolas possuem desejos e sonhos, vivem as possibilidades que a realidade geográfica os impõe. Os conflitos inerentes entre diferentes gerações que fazem parte do cotidiano, onde para alguns os jovens estão distante e para outros eles estão sem oportunidades. Tem o processo histórico - que levou a redução territorial - a consequência no distanciamento das atividades agrícolas. Mesmo assim, todos os jovens quilombolas entrevistados se identificam como quilombolas e reconhecem a história da comunidade, com seus locais importantes e suas tradições. Entendemos que, apesar da presença do pensamento hegemônico colonial, cabe a juventude ressignificar os saberes repassados entre gerações e viver as potencialidades que o território permite.