Barbadianos negros e estrangeiros: trabalho, racismo, identidade e memória em Belém de início do século XX

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Lima, Maria Roseane Corrêa Pinto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/16704
Resumo: O objeto deste trabalho de pesquisa é a imigração de trabalhadores negros barbadianos para a Amazônia, e mais especificamente para o Pará, no contexto das primeiras décadas do século XX. O termo barbadiano, além de designar um local de origem/nascimento (Barbados), acabou se tornando uma designação que englobou outros imigrantes negros oriundos de diversas partes do Caribe, mas embarcados para o Brasil através do porto de Bridgetown. Como recuperar a história dessa imigração? Como chegar às experiências desses imigrantes? Em que medida a experiência migratória marcou as vidas daqueles que imigraram mas também dos seus descendentes? O que significava ser negro e estrangeiro após a Abolição? O interesse inicial de discutir o trabalho no contexto do pós-abolição levou-nos aos debates em torno da imigração para a Amazônia na virada do século XIX, entrecruzada com as questões de raça e racismo que marcaram a passagem para o século XX e que se revelam nas aproximações e distanciamentos, ou nas negociações entre as identidades inglesa, brasileira e barbadiana. Trabalho, racismo, identidade e memória tornaram-se os eixos a partir dos quais foi desenvolvida a presente pesquisa, entrecruzando as dimensões de raça, classe e gênero. Utilizamos tanto registros escritos (impressos, como os jornais e a literatura coeva) e orais (as histórias de vida de barbadianos) quanto os imagéticos (fotografias) que remetem aos barbadianos em Belém, mas também em Manaus e Porto Velho.