O significado das práticas de sustentabilidade socioambiental do GRANAV junto às comunidades ribeirinhas do município de Parintins (AM)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Albarado, Edilson da Costa
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/4984362527208200
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Humanas e Letras
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5351
Resumo: O movimento ambiental de povos ribeirinhos do Amazonas por sua sobrevivência e um bem viver protagonizaram lutas pela conservação e preservação dos recursos naturais, por meio de práticas organizativas de sustentabilidade socioambiental no Estado, a exemplo do Grupo Ambiental Natureza Viva (GRANAV), fundado na Ilha do Paraná de Parintins, na década de 1990. O estudo respondeu os significados das práticas de sustentabilidade socioambiental do GRANAV para o modo de vida das comunidades ribeirinhas em Parintins, assim como analisou o significado das práticas de sustentabilidade socioambiental do GRANAV junto a duas comunidades ribeirinhas do município de Parintins (AM). De maneira específica, conheceu os modos de vidas dessas comunidades ribeirinhas; identificou as práticas organizativas do Grupo, e examinou as práticas políticas, sociais, culturais, educacionais, ambientais e econômicas do Grupo junto às comunidades de Menino Deus e Nossa Senhora do Perpetuo Socorro. A necessidade da sobrevivência e de um bem viver dos ribeirinhos dessas comunidades, localizada a 35km da sede do município de Parintins (AM), levou-os a se organizarem e formarem coletivos para conservar e preservar os recursos naturais da água, da terra e da floresta de suas comunidades. Estudou essas práticas organizativas e socioambientais desses sujeitos coletivos da Amazônia que trazem contribuições para uma nova sustentabilidade. O estudo orientou-se por uma abordagem qualitativa, com base na concepção materialista histórico dialética, que conduziu as reflexões, as análises e as discussões, assim como se fez uso da triangulação dos dados selecionados: no marco teórico na pesquisa de campo decorrente das observações diretas, das entrevistas, do registro fotográfico e da análise de documentos oficias e da inferência do pesquisador pelo acúmulo e experiência adquiridos no percurso dessa pesquisa e da vida acadêmica. Esse cominho analítico apontou que a organização, o pertencimento e a luta consciente dos (as) ribeirinhos (as) possibilitou o acesso as políticas públicas e trouxeram contribuições para o modo de vida e para as condições ambientais, sociais, educacionais, culturais, territoriais e econômicas. Neste estudo, apresentamos contribuições tanto para pensar uma nova sustentabilidade para a civilização atual a partir das vivências familiares e coletivas dos povos amazônidas, quanto para proporcionar experiências de organizações sociais e ambientais enraizadas na cultura do pertencimento à natureza viva. As práticas socioambientais trouxeram um amplo processo de sensibilização que extrapolou os limites das comunidades envolvidas, fortaleceu as lutas por políticas de saúde, educação de qualidade, habitação adequada à realidade, saneamento, cultura, regularização fundiária, agricultura familiar e assistência técnica. Assim como, promoveu organização de coletivos em defesa da natureza viva e experiênciou vivência comunitária e familiar dos povos amazônidas como processo promissor para construção de uma nova sustentabilidade amazônica. As práticas organizativas fortaleceu a manutenção do modo de vida e resistência dos ribeirinhos ao modelo capitalista, fortaleceu as lutas organizadas pelo GRANAV nas comunidades, criou uma cultura de pertencimento, de valorização dos saberes local e do modo de vida próprio dos (as) ribeirinhos (as), como metodologia possível para a promoção de um bem viver amazônida.