Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Fornazari, Renata Cristina Soares
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Orientador(a): |
Baldani, Márcia Helena
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Banca de defesa: |
Borges, Pollyanna Kássia de Oliveira
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Silva Junior, Manoelito Ferreira
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Castro, Renata Goulart
,
Pecharki, Giovana Daniela
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Ponta Grossa
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Odontologia
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Departamento: |
Departamento de Odontologia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/4179
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Resumo: |
O objetivo desta tese foi analisar as diretrizes para prevenção e controle da COVID- 19 no mundo, e a implementação no ensino odontológico e serviços público e privado no Brasil. Para isso, foram realizados quatro estudos: (1) Revisão sistemática da literatura, com busca nas bases de dados e literatura cinza de diretrizes publicadas até 12 de maio de 2020; (2) Pesquisa transversal com abordagem quanti-qualitativa, tendo como público-alvo os cursos de graduação em Odontologia no Brasil cadastrados no site e-MEC e iniciados até 2017, com coleta de dados entre março e junho de 2021; (3) Estudo transversal (websurvey) com Cirurgiões-Dentistas (CD) participantes de pesquisa multicêntrica realizada no Sul do Brasil entre agosto e outubro de 2020; (4) Estudo prospectivo com medidas repetidas, com profissionais de saúde bucal que participaram do estudo multicêntrico, para comparar a adoção das medidas de biossegurança em duas fases da pandemia (2020 e 2022). Na revisão, foram incluídos 27 documentos, sumarizados em 122 recomendações. Estes apresentaram limitações da qualidade científica em relação ao rigor no desenvolvimento, conflito de interesse e aplicabilidade. No estudo 2, foram incluídos 83 cursos. Os públicos apresentaram menor frequência de retorno das atividades presenciais (p=0,038), com maior proporção de suspensão das atividades clínicas e laboratoriais (p≤0,001), e maior dificuldade para a adequação estrutural e disponibilidade de insumos. Os cursos privados demonstraram ter maior disponibilidade de recursos para o retorno presencial, tais como: estrutura, funcionários e docentes (p<0,001). No estudo 3, os CD dos serviços públicos responderam com maior frequência que suspenderam procedimentos eletivos, evitavam a geração de aerossóis e radiografias, e trabalhavam a quatro mãos (p<0,001). Já os dos serviços privados relataram com maior frequência que participavam da tomada de decisões; utilizavam peças de mão estéreis, sugadores de alta potência, dique de borracha e realizavam teleorientação/telemonitoramento (p≤0,001). No estudo 4, foram incluídos 253 profissionais que não mudaram de local de trabalho entre as duas fases. A maioria das medidas foram mantidas em 2022. No setor público houve redução na orientação aos pacientes sobre a COVID-19 (p=0,001); e no privado houve diminuição do uso dos novos EPI recomendados (p≤ 0,001). Em ambos os anos, o setor público teve maior adesão aos protocolos de biossegurança e ao trabalho auxiliado; e o setor privado à teleodontologia, ao uso de dique de borracha e sucção de alta potência e às medidas de limpeza e desinfecção (p< 0,005). Conclui-se que, apesar de ter sido identificada ampla variedade de diretrizes de biossegurança para a prática odontológica, a qualidade científica desses documentos foi baixa. Os estudos demonstraram que, tanto no ensino quanto nos serviços, no setor público os maiores desafios foram relacionados à adequação estrutural e de insumos, e no privado à suspensão da oferta dos serviços. No Brasil, observou-se que os setores públicos e privados apresentaram especificidades em relação ao enfrentamento da COVID-19. |