A dimensão do ser-homem na vivência do câncer de próstata: possibilidades à luz da Teoria Rogeriana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Neves, Larissa Gabriela Lins
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/5589192891476372
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Psicologia
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Psicologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5678
Resumo: O câncer é um dos problemas atuais de saúde pública mais complexos que o sistema de saúde brasileiro enfrenta, dada a sua magnitude epidemiológica, social e econômica. No caso do câncer de próstata, os dados epidemiológicos informam que há um crescimento significativo no Brasil. Com isso, buscou-se compreender neste trabalho, através do discurso, a vivência do ser-homem com câncer de próstata, mediante a teoria de Carl Rogers. Esta pesquisa é de natureza qualitativa e foi desenvolvida de acordo com os preceitos do método fenomenológico, o qual busca captar a essência do fenômeno experienciado. Os participantes foram cinco homens na faixa etária entre cinquenta e setenta anos, pacientes do ambulatório de urologia na Fundação Centro de Controle de Oncologia do Amazonas. A obtenção dos dados foi realizada através de entrevistas fenomenológicas individuais em torno das experiências vividas com a doença. As sessões foram áudio gravadas e transcritas. A análise de dados foi elaborada de acordo com as orientações de Martins e Bicudo, buscou-se a convergência das unidades de significado, que foram transformadas em categorias temáticas e contribuíram para a síntese e análise compreensivas do ser-homem-com-câncer-de-próstata. Os dados transcritos e analisados revelaram que a chance de obter relatos amazônicos trouxe o privilégio de ultrapassar o conhecimento dos temores generalizados sobre esta doença; o receio de não continuar trabalhando foi muito mais presente do que o medo da impotência sexual; a lamentação deu lugar à autoestima e persistência. Foi visto que o conhecimento apurado do quadro de saúde pelo paciente é peça essencial para que sejam obedecidas as recomendações médicas. Viu-se também que a escassez de recursos econômicos significa um impedimento à rápida resolutividade de seus dilemas. Com isto, teve-se a oportunidade de conhecer e propor estratégias fundamentadas na congruência, aceitação positiva incondicional e empatia, que possibilitam a tendência atualizante, capaz de transpor as barreiras encontradas por senhores no estado do Amazonas convivendo com o câncer de próstata.