O significado da vivência do paciente em tratamento de câncer de próstata

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Macedo, Sandra Reboucas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/84950
Resumo: O número estimado de casos novos de câncer de próstata no Brasil, em 2008, é de 49.530. Tal valor corresponde a 52 casos novos a cada 100 mil homens. O aumento, nas últimas décadas, das taxas de incidência de câncer de próstata pode ser justificado pela modernização dos métodos diagnósticos, pela melhoria na qualidade dos sistemas de informação do País e pelo aumento da expectativa de vida do brasileiro. A taxa de incidência de câncer de próstata é cerca de seis vezes maior nos países desenvolvidos, se comparada à dos países em desenvolvimento. Em valores absolutos, o câncer de próstata é o sexto tipo de câncer mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, representando cerca de 10% do total de casos de câncer. Ele é considerado o câncer da terceira idade, uma vez que cerca de três quartos dos casos, no mundo, ocorrem a partir dos 65 anos. Este tema tem sido bastante discutido, mas pouco se conhece a respeito da subjetividade do paciente de câncer de próstata. Portanto, esta pesquisa discutiu o significado da vivência do paciente em tratamento de câncer de próstata. Para tanto, utilizei o método fenomenológico, com a aplicação de entrevistas, através da pergunta disparadora ?quais os eventos mais significativos de sua vida??, ouvindo pacientes que realizaram a cirurgia de retirada da próstata, a prostatectomia radical, sobre sua própria experiência. Esta pesquisa pretendeu trazer novos conhecimentos sobre o câncer de próstata no que diz respeito às suas repercussões psicológicas, que poderão desmistificar as complicações do tratamento, como, por exemplo, a incontinência urinária e as disfunções sexuais, discutindo o sofrimento psíquico do paciente em tratamento, bem como estimulando novas investigações sobre o tema. O local da coleta de dados foi meu consultório particular de fisioterapia do assoalho pélvico. A amostra foi de 4 sujeitos do sexo masculino, na faixa etária entre 55 e 77 anos, pois é nesta faixa etária que, mais comumente, ocorre o câncer de próstata. Após a realização das entrevistas, surgiram as seguintes categorias ou unidades de sentido: o momento do diagnóstico; a relação paciente-família-doença; a relação médico-paciente; o enfrentamento da doença; e o papel de macho como fica?; a sexualidade pósprostatectomia radical; e a infantilização e a feminilização do uso de fraldas e de protetores íntimos. Após discussão de tais categorias, pude compreender que, além de acompanhamento médico, eles precisam de suporte psicológico para um melhor enfrentamento da doença. Palavras-chave: câncer de próstata, fenomenologia, subjetividade do doente, incontinência urinária masculina, disfunção sexual.