Inquérito soroepidemiológico dos vírus das encefalites equinas do leste e do oeste em população de área sob influência do lago da hidrelétrica de Tucuruí - Pará
Ano de defesa: | 2011 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Ciências Farmacêuticas BR UFAM Programa de Pós-graduação em Saúde, Sociedade e Endemias na Amazônia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3445 |
Resumo: | O EEEV e o WEEV são Arbovírus da família Togaviridae, gênero Alphavirus, que medem 60 a 70 nm de diâmetro e é composto por glicoproteínas transmembrana E1 e E2, o capsídio ou proteína do nucleocapsídio, que deriva da bicamada lipídica do hospedeiro, e uma única molécula de RNA de fita única e de polaridade positiva. São transmitidos por mosquitos, principalmente Culex e Aedes, tendo como reservatório natural os pássaros e como hospedeiros acidentais os humanos, equinos e outros pequenos mamíferos. Os indivíduos infectados são assintomáticos ou desenvolvem síndrome gripal que podem evoluir para doença neurológica graves com predominância em humanos na América do Norte e em equinos em toda América. A taxa de letalidade em humanos para EEE é de 30% a 40% e para WEE é de 10%. O estudo foi observacional do tipo transversal analítico, realizado em indivíduos de ambos os sexos, maiores de 18 anos, residentes do lago UHE de Tucuruí e proveniente das RDS de Alcobaça e Pucuruí-Ararão. A coleta das amostras de sangue e o preenchimento do questionário foram realizados em dois momentos distintos, em setembro/2008 e março/2009. Todas as amostras foram analisadas pelo Instituto Evandro Chagas onde foram submetidas ao teste de Inibição da Hemaglutinação para a pesquisa de anticorpos contra 19 tipos de Arbovírus. A análise dos dados foi descritiva e analítica, sendo empregado o teste qui-quadrado e/ou exato de Fisher a fim de verificar a significância das associações estatísticas entre as variáveis do estudo com um nível alfa de 0,05. Ao todo foram analisadas 365 amostras, que mostraram positividade de 1,1% para EEE e de 1,6% para WEE. A maioria dos casos positivos tinha condições de saneamento ruim (100% para EEE e 83,3% para WEE), com uso fossa negra (75% para EEE e 100% para WEE) e abastecimento de água de rios e/ou lagos (100% para EEE e 83,3% para WEE). Os casos positivos para EEE e WEE tiveram relação com outros Arbovírus, sendo que 100% de EEE e WEE eram positivos para HI-Flavivírus, 25% de EEE para o vírus Maguari, HI-Mayaro e HI-Oropouche e 33,3% de WEE para HI-Mayaro e 16,7% para o vírus Guaroa. O estudo confirmou a presença dos vírus da EEE e WEE na região e que alguns fatores sócio-ambientais, como uso de fossa negra e condições de saneamento ruins, favorecem a exposição da população aos vetores e levantou a hipótese de proteção cruzada com outros Alphavírus. |