Atividade da enzima indoleamina-2,3-dioxigenase na resposta imune em Covid-19

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Salgado Sobrinho, Wlademir Braga
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/2985154454402548
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Biológicas
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Imunologia Básica e Aplicada
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
IDO
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8466
Resumo: A pandemia de COVID-19, causada pelo vírus SARS-CoV-2, iniciada em dezembro de 2019, já se tornou a maior crise sanitária do último século. Nos casos mais graves, COVID-19 gera uma reação inflamatória desbalanceada que, além de ser pouco eficaz na contenção da replicação de SARS-CoV-2, acarreta danos ao hospedeiro, particularmente nos pulmões. A enzima IDO, capaz de converter triptofano em quinurenina, é uma enzima imunomoduladora cuja atividade está relacionada à diferenciação de células T reguladoras e supressão de respostas T efetoras, ajudando a estabelecer, então, um ambiente imunossupressor. O objetivo deste trabalho é elucidar o papel de IDO e de quinurenina na imunopatologia de COVID-19. Obtiveram-se amostras de sangue, soro e plasma de pacientes graves e leves, de onde se extraíram os metabólitos quinurenia e triptofano, que foram quantificados em HPLC e comparados com os níveis dos metabólitos em controles saudáveis. Por imunohistoquímica, detectou-se a presença de IDO em amostras de necrópsia do pulmão de pacientes graves que faleceram com COVID-19. Os resultados obtidos mostram elevação nos níveis de quinurenina em pacientes graves, particularmente daqueles que evoluem para óbito, em relação a pacientes com manifestação leve. Os níveis de quinurenina e a razão KYN/TRP também se correlacionam positivamente à elevação de marcadores inflamatórios e de prognóstico, como IL-6 e a da razão de neutrófilos/linfócitos, e sugerem que a o aumento da atividade de IDO seja consequência da inflamação severa observada na COVID-19 grave. Quinurenina e razão KYN/TRP também foram visualizadas como fortes preditores de gravidade, mas não de desfecho clínico. Também se detectou aumento na expressão de IDO em amostras de necrópsias pulmonar de pacientes falecidos por COVID-19 em relação ao pulmão de camundongos saudáveis. Estes mostram elevação da atividade de IDO na COVID-19 grave.