Partir, chegar, retornar: o trânsito migratório feminino de Terra Santa a Manaus (1970-2018)
Ano de defesa: | 2023 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em História |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9754 |
Resumo: | O presente trabalho trata da investigação de um processo de migração interna na Amazônia, enfocando, especialmente, aquela que ocorre entre os dois maiores estados da região amazônica, Pará e Amazonas, trazendo no bojo de sua discussão a temática da migração diferentemente da que estamos acostumados a ouvir ou estudar, traremos aqui, as experiências de migração a partir do ponto de vista das mulheres paraenses que enveredaram diante de seus processos migratórios rumo ao Amazonas. Em outras palavras, abordamos a especificidade da migração feminina, e ao analisar os fluxos migratórios a partir dessa perspectiva, a migração deixa de ser apenas uma escolha racional de indivíduos sozinhos e passa a emergir em redes de relações sociais, como estratégia de grupos familiares ou de pessoas de uma mesma comunidade. Algumas mulheres vivenciam maior autonomia e empoderamento através desse processo, ao migrarem sozinhas para fugir das limitações e das poucas oportunidades para o seu pleno desenvolvimento, considerando que para a mobilidade feminina, esta é uma forma de emancipação das mulheres nas suas comunidades de origens, e o que há por trás das migrações femininas tem a ver com o ciclo de vida, estratégias e, principalmente, a formação de redes dessas mulheres. A força e representatividade com que as mulheres vêm aparecendo nos números e nas discussões sobre migração no mundo globalizado faz com que muitos especialistas venham falando de “feminização dos fluxos migratórios” ou dos deslocamentos populacionais. Dessa maneira, assumimos o propósito de compreender o processo migratório de Terra Santa à Manaus através das experiências e trajetórias das mulheres migrantes, buscando identificar as trajetórias históricas das nossas colaboradoras e suas relações sociais nos novos espaços, assim como, contextualizar as trajetórias e as experiências delas a partir dos processos de deslocamentos que ocorrem na Amazônia contemporânea, ou seja, no final do século XX e início do XXI. |