Distribuição espacial de espécies madeireiras de interesse comercial manejadas na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá no Médio Solimões, Amazônia Central
Ano de defesa: | 2013 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Ciências Agrárias BR UFAM Programa de Pós-graduação em Ciências Florestais e Ambientais |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3035 |
Resumo: | As florestas, em áreas alagáveis, representam cerca de 5% a 10% da bacia amazônica e estão geralmente situadas ao longo das margens dos grandes rios. As várzeas amazônicas abrangem aproximadamente 200.000 km² e são periodicamente inundadas por rios de águas brancas ou barrentas do rio Amazonas e de seus afluentes. A atividade madeireira em florestas de várzea se restringe a poucas espécies, e a ausência de dados de regeneração e crescimento, aliados à exploração inadequada da madeira, têm levado à redução das populações de algumas dessas espécies, chegando, praticamente, a desaparecer dos mercados regionais. Entretanto, para a sustentabilidade dessas florestas é necessário o conhecimento do padrão de distribuição espacial das espécies vegetais. O objetivo geral deste trabalho foi o de caracterizar o padrão de distribuição espacial das espécies arbóreas de uso comercial Ocotea cymbarum, Hura crepitans, Piranhea trifoliata, Eschweilera ovalifolia, Pouteria procera, Terminalia dichotoma, Vatairea guianensis e Macrolobium acaciifolium, manejadas pelos comunitários na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá. O presente estudo foi desenvolvido em uma área de várzea de 21,38 ha (02º 45 32,060 S, 64º 53 31,862 W), localizada na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, Estado do Amazonas. Foram inventariadas e mensuradas somente as espécies comerciais, espécies com potencial para a comercialização, espécies que flutuam (boias) e espécies de interesse ecológico, sendo incluídos no inventário somente indivíduos com circunferência altura do peito - CAP ≥ 78 cm. Foram avaliados os parâmetros da composição florística, diversidade de espécie e equabilidade, quociente de mistura, estrutura horizontal: abundância, dominância e frequência, IVI, IVC e IVIF. Área basal, distribuição diamétrica, padrões de distribuição espacial com Payandeh, MacGuinnes, Morisita e Função K de Ripley. Foram registrados 861 indivíduos em 21,38 ha, distribuídos em 39 espécies, 17 famílias e 31 gêneros. A família botânica mais rica é a Lauraceae e a mais densa, a Euphorbiaceae. A espécie mais importante é a Ocotea cymbarum. A área analisada apresentou baixa heterogenidade com quociente de 1:22 e baixa diversidade de espécies com (H ) 2,98 e (J ) 0,81. As análises fitossociológicas das espécies amostradas revelaram que as dez espécies com maior Índice de Valor de Importância (IVI) representam mais de 70,38% dos indivíduos amostrados na comunidade. Os 21,38 ha apresentaram 322,79 m² de área basal, com média de 15,10 m²/ha, e a espécie Hura crepitans foi a mais representativa com 41,45 m². A distribuição diamétrica da área apresentou a forma de J invertido com as maiores concentrações dos indivíduos nas primeiras classes, diminuindo gradualmente nas outras classes. Pelos índices de Payandeh e MacGuinnes foi possível constatar que grandes partes das espécies amostradas apresentaram padrão de distribuição com tendência ao agrupamento e, pelo Índice de Morisita, a maioria foi de padrão agregado, no entanto, através da Função K de Ripley, o padrão predominante foi aleatório |