Rotas críticas das mulheres Sateré-Mawé no enfrentamento da violência doméstica: novos marcadores de gênero no contexto indígena
Ano de defesa: | 2011 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Humanas e Letras BR UFAM Programa de Pós-Graduação em Serviço Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/2660 |
Resumo: | Esta pesquisa assumiu o propósito de identificar o significado e os tipos de violência cometidos contra mulheres no contexto indígena, situando a trajetória das mulheres sateré-mawé que vivem ou vivenciaram situações de violência doméstica. A violência contra as mulheres indígenas tem se configurado como uma expressão da questão social de extrema gravidade, a ponto de as mulheres engendrarem estratégias para seu enfrentamento. As mortes e agressões contra as mulheres impulsionaram a articulação do movimento indígena em torno da temática de gênero, apresentando-se, atualmente, como uma das principais pautas e preocupações do movimento de mulheres indígenas. A ausência de estudos, principalmente no âmbito local, que contemplassem de forma sistemática as ações empreendidas pelas mulheres indígenas no rompimento do silêncio frente às relações de violência consideradas domésticas foi um dos motivos que nos levaram a pesquisar a temática. A pesquisa assumiu a perspectiva das abordagens qualitativas sem excluir os aspectos quantitativos, utilizando a técnica de entrevista semiestruturada dirigida a grupos focais, além das narrativas de histórias de vida. A pesquisa mostra que a violência doméstica tem trazido sofrimento e restrições para as mulheres sateré-mawé, detectando o que é violência na concepção delas e quais são as interferências desse fenômeno na vida dessas mulheres e de suas comunidades. Constatou-se, também, o distanciamento entre os aparatos jurídicos institucionais atuais e as mulheres indígenas sateré-mawé. As respostas encontradas pelas mulheres indígenas para lidar e/ou romper com a violência têm se pautado em estratégias e ferramentas locais, como é o caso da criação da polícia indígena sateré-mawé. Essa estratégia tem sido o principal caminho legitimado pela etnia para a resolução dos casos de violência contra as mulheres nas aldeias |