Seguindo sementes: circuitos e trajetos do artesanato Sateré-Mawé entre cidade e aldeia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Mauro, Ana Luísa Sertã Almada
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-03032016-145406/
Resumo: A presença sateré-mawé na cidade de Manaus (Amazonas, Brasil) se faz particularmente visível pelas comunidades e associações que começam a surgir na cidade na década de 1990, a partir de ocupações que contaram com forte protagonismo feminino. O artesanato elaborado com sementes passou a ser uma das principais estratégias das mulheres sateré-mawé no espaço urbano, em oposição ao trabalho nas chamadas casas de família. Essas sementes, usadas na produção de colares e pulseiras, tem caminhos próprios, que desestabilizam fronteiras entre área urbana, área de floresta, cidade e aldeia. Os caminhos das sementes mobilizam uma ampla circulação de pessoas, saberes, narrativas e coisas, formando um circuito específico. As práticas de plantio, coleta, trocas de sementes e outras formas de aquisição, bem como sua transformação em objetos que circulam em diferentes locais e contextos, propõem uma inversão entre agente e paciente: de objetos passivos da ação humana, as sementes se elevam a agentes mediadores de relações, mediando também modos particulares de vivenciar o espaço urbano.