Formação docente e diversidade sociocultural amazônica: um estudo sobre a formação dos professores do colégio La Salle

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Felipe, Thayza Wanessa Silva Souza
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/4503494449227249, https://orcid.org/0000-0002-3793-8778
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Educação
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8150
Resumo: Este trabalho, articulado à Linha de Pesquisa Formação e Práxis do(a) Educador(a) Frente aos Desafios Amazônicos, sustenta a tese de que a formação docente inicial falha em não ocupar-se de questões culturais. O conhecimento acerca da temática é visto, muitas vezes, de forma muito superficial, fazendo do processo de formação uma experiência limitada, em termos materiais e humanos. A população amazônica apresenta a heterogeneidade como característica fundamental, sendo composta por uma diversidade de saberes e de experiências. Nesse cenário, é inadmissível que políticas educacionais sejam elaboradas de forma dissociada das diferentes maneiras de existir que são próprias da região. Portanto, políticas de formação docente devem buscar formar professores da educação básica capazes de agir dialogando com o contexto sociocultural em que se encontram. Na cidade de Manaus-AM, o Colégio La Salle possui mais de trinta anos de tradição e história na educação, atendendo estudantes da Educação Infantil ao Ensino Médio. A investigação teve como objetivo geral analisar de que modo a formação dos professores do Colégio La Salle Manaus contribui (ou não) para o trabalho com a diversidade sociocultural dos seus alunos. Foram utilizados como procedimentos metodológicos em abordagem qualitativa: entrevistas semiestruturadas com professores e coordenadores e análise documental no corpus que concebeu e organizou o trabalho desenvolvido durante o ano letivo de 2018. A análise dos dados foi pautada no método hermenêutico-dialético, por possibilitar compreender o texto e a fala como sendo consequência de um processo social e de conhecimento, ambos como resultado de múltiplas determinações. Concluiu-se que a formação docente não tem sido efetivada como um trabalho multifacetado, em que se desenvolvem reflexões e habilidades necessárias para lidar com as peculiaridades socioculturais dos alunos. Além disso, apesar de os documentos analisados apresentarem a preocupação do La Salle no tocante ao aprimoramento da formação dos seus docentes, tratando-se de questões culturais, nada foi trabalhado durante o ano em análise. A escola precisa desenvolver medidas de formação continuada para trabalhar as características culturais dos seus alunos junto com seus docentes. E mesmo que o professor trabalhe a cultura regional em seus projetos, a melhor maneira a ser desenvolvida é através da perspectiva da interculturalidade, não enxergando marcadores sociais como isolados.