Educação e diversidade: interfaces e desafios na formação de professores para a escola de tempo integral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: SOUZA, Rosana Ramos de
Orientador(a): COLARES, Anselmo Alencar
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Oeste do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação Tecnológica
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/599
Resumo: A educação em tempo integral está prevista desde a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996), no Plano Nacional de Educação (PNE 2001-2011), e sua concretização enquanto Política Nacional deu-se a partir do Programa Mais Educação. O atual PNE (2014- 2024) propõe metas que intensificam as ações destinadas a ampliação do número de escolas em tempo integral. No estado do Amazonas a escola de tempo integral agrega um universo cultural complexo de raça, etnia, gênero, religião e orientação sexual. O público alvo são as populações consideradas vulneráveis. Face a essas questões, a pesquisa objetivou verificar as interfaces e os desafios presentes em uma escola de tempo integral no município de Parintins/AM, considerando a formação que os docentes recebem para atuar com a diversidade. Para alcançar o objetivo proposto, realizou-se levantamento e estudo da literatura sobre a educação em tempo integral, formação docente, e diversidade; análise de documentos elaborados e divulgados pelo MEC, Seduc/AM e Ceti/Parintins referentes à estrutura, organização e execução da proposta de educação em tempo integral no âmbito nacional e local; entrevistas semiestruturadas com a gestora e o coordenador pedagógico da Secretaria de Estado de Educação e Qualidade de Ensino em Parintins, a fim de compreender como ocorre a elaboração e o planejamento da formação docente, e entrevistas com professores do Ensino Médio para verificar se estes participaram de processos formativos referentes à diversidade. Constatou-se que os professores não receberam formação para trabalhar com os diversos coletivos sociais presentes na escola, localizada em área urbana, mas que recebe também alunos oriundos da zona rural. A formação direcionada à diversidade recebida por estes professores é pontual: as ações de formação concretizadas no âmbito da rede estadual centram-se na melhoria da prática pedagógica, a fim de melhorar o desempenho dos alunos nas avaliações em larga escala. Com isso se questiona a concepção de integralidade assumida, que deveria pautar-se no reconhecimento, dignidade e transformação social dos estudantes, e não apenas prolongar o tempo de permanência do estudante na escola – mesmo que isto oportunize treinamento para provas e concursos – uma vez que a política de educação de tempo integral como vem sendo concretizada, não visa romper com as desigualdades.