Análise das condições de trabalho dos agentes comunitários de saúde de Manaus
Ano de defesa: | 2011 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Ciências Farmacêuticas BR UFAM Programa de Pós-graduação em Saúde, Sociedade e Endemias na Amazônia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3391 |
Resumo: | As condições de trabalho relacionam-se com o ambiente de trabalho e seus respectivos fatores de risco, bem como com as condições sociais, administrativas e de segurança. O objetivo da pesquisa foi analisar as condições de trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) de Manaus, Amazonas. Estudo quantitativo, descritivo, analítico, realizado na rede pública de saúde de Manaus, em 4 distritos sanitários urbanos. A amostra foi composta por 369 ACS. Os dados foram coletados por meio de questionário. As informações foram estruturadas em 3 variáveis: perfil profissional dos ACS; riscos ocupacionais; segurança e saúde no trabalho. As variáveis convergiram para formar a variável desfecho, análise das condições de trabalho dos ACS. Projeto aprovado sob o CAAE n.º 0258.0.115.000-10. Os resultados apontam idade média de 40 anos; prevalência do sexo feminino, 321 mulheres; ensino médio completo entre 307 ACS; curso Técnico de Agente Comunitário de Saúde (TACS) frequentado por 289; ao todo, são 353 ACS que não possuem o título de TACS. Os residentes na comunidade somam 271 ACS com tempo médio de 17,4 anos. Os ACS que participam de atividade social na comunidade são 150. Os principais riscos ocupacionais são: físicos - exposição solar 352; temperatura elevada 289; químicos - poeira 198; biológicos - tuberculose 250. Os inúmeros riscos ergonômicos emanam de longas caminhadas, 231; prolongada postura em pé, 187; mobiliário insuficiente, 326; falta de espaço físico na unidade de saúde, 347; atividade profissional estressante 169; e, ainda, 255 atendem a solicitações dos comunitários fora do horário de trabalho. Dentre os riscos de acidente, estão arranjo físico inadequado 305, risco de assalto 212; armazenamento inadequado 201. O achado sobre a segurança e saúde mostra que 261 ACS desconhecem saúde do trabalhador; 251 não receberam treinamento/orientações sobre riscos ocupacionais na profissão de ACS; e 319 não realizam exames ocupacionais; 282 não receberam equipamento de proteção individual para trabalhar. Quanto à saúde, há sobrepeso em ambos os sexos. Os problemas de saúde mais referidos são os musculoesqueléticos, 269, e os cardiovasculares, 155 registros. Outros agravos comuns foram agressão verbal, queda, queimadura solar, mordida de cachorro. O índice de absenteísmo envolveu 215 ACS. Conclui-se que as condições de trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde de Manaus são inadequadas pela falta de valorização profissional, alta frequência de riscos ocupacionais, falta de medidas de segurança e saúde no trabalho. A análise aponta grave descompasso em relação aos ACS, profissionais de saúde que promovem saúde, mas ao mesmo tempo, não a têm |