Sustentabilidade e reterritorialização na Aldeia Gavião do Tarumã-Açu – Manaus/Am
Ano de defesa: | 2024 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | , |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Centro de Ciências do Ambiente Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10669 |
Resumo: | Esta pesquisa teve como objetivo compreender o processo de reterritorialização dos Sateré-Mawé da Aldeia Gavião no Rio Tarumã-Açu, e como estão garantindo sua sustentabilidade nesse território. A área de estudo é a Aldeia Gavião (Tawa Hywi), que está localizada na região da microbacia hidrográfica do rio Tarumã-Açu, afluente do rio Negro, à margem do Igarapé Tiú, no município de Manaus/Amazonas, Brasil. Os objetivos específicos foram elaborados em três eixos principais: Como foi o processo de ocupação na Aldeia Gavião? Qual a organização sociopolítica da Aldeia Gavião? Qual a relação da sustentabilidade com a interculturalidade na Aldeia Gavião? A pesquisa foi de caráter exploratório e qualitativo, com princípios anticoloniais, utilizando-se procedimentos da pesquisa participante a partir do uso do mapa conceitual para orientar o caminho teórico-metodológico, no qual os aportes teóricos estão centrados nas concepções de cultura, território, desterritorialização, reterritorialização, territorialidade, interculturalidade e sustentabilidade, envolvendo trabalho de campo, oficina de gestão do conhecimento, mapeamento participante, registros fotográficos e levantamento de fontes documentais secundárias. Os processos de desterritorialização e reterritorialização dos Sateré-Mawé na Aldeia Gavião, ocorreu a partir da migração de Tereza Ferreira do clã Gavião e de membros de sua família, que ocuparam essa terra com plantio de maniva, mas, com a chegada de sua neta Terezinha Ferreira e seu esposo, passaram a buscar outros meios para aprender a trabalhar com essa outra terra para garantir a sustentabilidade da aldeia. Por meio da pesquisa participante foi possível compreender como os Sateré-Mawé ressignificaram suas relações culturais, integrando elementos das culturas indígenas e não indígenas, criando uma territorialidade fundamentada nas tradições e costumes do território ancestral Andirá-Marau e na interculturalidade. Quanto à organização sociopolítica da Aldeia Gavião, os Sateré-Mawé preservam suas tradições ancestrais, onde a responsabilidade pessoal está ligada ao princípio da coletividade. A relação entre sustentabilidade e interculturalidade é evidenciada nas práticas agrícolas que integram novas tecnologias de plantio com o conhecimento cultural, apesar de ainda não garantir a manutenção plena. A interculturalidade promove não apenas a sustentabilidade, mas também a autonomia e a valorização dos saberes indígenas, fortalecendo a identidade e a resiliência dos Sateré-Mawé. |