Avaliação da ação anti-inflamatória e antioxidante dos extratos da espécie Fridericia chica (Bonpl.) L. G. Lohmann (Bignoniaceae) em modelos in vitro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Batalha, Adriane Dâmares de Sousa Jorge
Outros Autores: https://lattes.cnpq.br/5852781377176849, https://orcid.org/0000-0002-3928-6814
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Biológicas
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Imunologia Básica e Aplicada
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9306
Resumo: Os extratos das folhas da espécie amazônica Fridericia chica (Bignoniaceae), conhecida na medicina popular como crajiru, são muito utilizadas no tratamento da inflamação, cicatrização de feridas, hemorragias, entre outras enfermidades. O potencial terapêutico dessa espécie tem sido evidenciado em diversas pesquisas. O objetivo deste estudo foi avaliar a ação anti-inflamatória e antioxidante dos extratos brutos (aquoso e em acetato de etila) da espécie Fridericia chica (F. chica) in vitro. Foram avaliados a interação com a enzima COX-2 in silico, a produção intracelular de espécies reativas de oxigênio (iROS), o potencial de membrana mitocondrial (ΔΨm), a produção de citocinas, a motilidade celular, a diferenciação de células Th17 e Treg, e a polarização de macrófagos. A molécula carajurona, uma das substância majoritárias presente na espécie de F. chica, apresentou uma energia de ligação próxima a do ligante Rofecoxib, inibidor específico da COX-2. Os extratos aquoso e acetato de etila diminuíram as espécies reativas de oxigênio intracelular, na presença de estaurosporina e aumentaram o potencial de membrana mitocondrial, nas mesmas condições. Reduziram ainda a produção das citocinas pró-inflamatórias IL-1β, TNF-α e IL-6, na presença do veneno de Bothrops atrox e aumentaram a produção da citocina anti-inflamatória IL-10, nas mesmas condições. O extrato aquoso de F. chica proporcionou uma alta taxa de migração em células de fibroblastos humanos. O extrato aquoso também foi capaz de diminuir a diferenciação de células Th17 e aumentar a polarização da população de células Treg, induzindo assim um perfil mais regulatório. Além disso, o extrato aquoso de F. chica potencializou a produção de CCL-22, induzida por IL-4. A espécie Fridericia chica (crajiru) é de fácil acesso e os nossos dados sugerem que seja explorada como agente terapêutico contra o estresse oxidativo e processos inflamatórios. Este trabalho contou com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM).