Fridericia Mart. emend. L.G. Lohmann (Bignoniaceae): estudo fitoquímico e avaliação de bioatividades

• Ano de defesa: 2023
• Autor(a) principal: Carvalho, Juliana Cajado Souza
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: Bignoniaceae; Bignonieae; Bioactivities; Bioatividades; Fitoquimica; Fridericia; Phytochemistry
• Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41132/tde-11092023-142013/

Fridericia (Bignoniaceae) é um gênero de lianas neotropicais com importância na medicina tradicional e que possui diversas substâncias bioativas reportadas em literatura. O presente estudo propõe avaliar a composição química, bioatividades e verificar a possibilidade de diferenciação das sessões filogenéticas já descritas para o gênero. O trabalho foi dividido em três capítulos. O primeiro, Investigando o perfil químico da tribo Bignonieae, do clado Fridericia e dos gêneros aliados, avaliou, a partir de revisão de literatura, os principais flavonoides descritos para a tribo Bignonieae e suas bioatividades e demonstrou que a distribuição desses compostos pode estar relacionada com a separação filogenética dos gêneros. Além disso, no mesmo capítulo verificou-se a distribuição dos componentes químicos reportados em literatura para Fridericia e gêneros aliados, sendo destacado o gênero Fridericia como uma fonte de novos componentes bioativos. No segundo capítulo, Desvendando a química de Fridericia, é relatado os estudos fitoquímicos realizados para quatro espécies do gênero: F. cinnamomea, F. prancei, F. speciosa e F. triplinervia. Nesse capítulo, são descritos 47 componentes, distribuídos nas seguintes classes de produtos naturais: um alcaloide (identificado em F. prancei e F. cinnamomea), 36 flavonoides (cinco dímeros, identificados em F. prancei e F. cinnamomea, seis flavanonas, identificadas em F. speciosa e F. triplinervia, 20 flavonas, identificadas em F. speciosa e F. triplinervia, e cinco flavonois identificados em F. triplinervia), sete xantonas, identificadas em F. triplinervia, um nor-triterpeno e duas lactonas de F. cinnamomea. Desses, destaca-se a descrição de seis novos compostos em literatura: duas lactonasde F. cinnamomea, uma flavanona de F. speciosa e três xantonas de F. triplinervia. Por fim, o último capítulo Bioatividades em espécies de Fridericia, visou analisar as atividades antimicrobiana, citotóxica e antimalárica das quatro espécies estudadas quimicamente. Nesse capítulo, foi verificado que apesar da baixa atividade citotóxica, extratos e frações de F. speciosa e F. prancei demonstraram atividade antifúngica moderada, além do extrato de F. cinnamomea apresentar atividade antimalárica. Os resultados obtidos corroboram Fridericia como uma fonte de compostos bioativos, como terpenoides, flavonoides e xantonas. Ainda, tais componentes evidenciam uma correlação com a separação taxonômica em sessões descrita para as espécies de Fridericia.