Apontamentos sobre a solidão em Ante-Sala e Íntima Fuligem, de Astrid Cabral
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Letras Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9532 |
Resumo: | Propõe-se um estudo acerca da solidão na obra da poeta brasileira contemporânea Astrid Cabral. Para cumprir esse objetivo, investiga-se conceitos, discorre-se sobre lírica e ficção, compreendendo-as como construção poética por meio dos paratextos e parte-se para a análise do corpus: textos dos livros Ante-sala (2007) e Íntima Fuligem (2017). Astrid reúne um conjunto de poemas, conforme Neiza Teixeira, “dedilhado sobre notas de solidão”: morte, dor, memória, ausência, mudez. Assim, a pesquisa foi conduzida pelas seguintes questões norteadoras: como lirismo e ficção dialogam na poética astridiana? Que metáforas Astrid Cabral criou em seus poemas para poetizar o assunto? Como a temática do exílio contribui para essa recriação da realidade? Em buscas de respostas, segui o raciocínio de Klein (1974), pois a solidão trata-se de um assunto único, mas que possui diversos aspectos e variados modos de ser discutida. Pode ser compreendida basicamente sob dois pontos de vista: o ontológico e o sociológico, conforme Siqueira (2009). Também, foram determinados tipos, fatores e mitos, de acordo com Fonseca (2018), Moreira (2019) e Ferraz (2018). Com o intuito de englobar a sociedade pós-moderna, busquei aporte em Freud (2019), Zygmunt Bauman e Karnal (2018). A solidão como experiência simbólica foi subsidiada por Lacan (1998), onde ela é a presença da ausência do outro. Além disso, debati outras solidões como a Essencial, de Maurice Blanchot e a Povoada, de Mikhail Bakhtin. Para discutir sobre a ficção, considerei as reflexões de Walty (1999) e aprofundei a análise ficcional sobre paratextualidade a partir de Genette (2009) e do ensaio “Astrid Cabral: a professora fala da poeta”, do livro de Allison Leão. Para a abordagem da metáfora, contei principalmente com os estudos de Aristóteles, Paul Ricoeur, George Lakoff e Mark Johnson. O foco é a representação do tema na poesia astridiana, realizando a leitura das obras em diálogo com a teoria da metáfora conceptual em contraponto com a teoria clássica. Dessa forma, busca-se rastrear as metáforas criadas pela autora que sirvam como base para determinar seu olhar poético sobre a solidão. |