Passeios pela Alameda Metafórica de Astrid Cabral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Ramos, Monik Alves
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/0235783908742626, https://orcid.org/0000-0002-4094-9152
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Humanas e Letras
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10600
Resumo: A presente pesquisa teve como objetivo analisar as metáforas elaboradas por Astrid Cabral na obra Alameda (1963), composta por vinte contos, em que protagonistas não humanos, como plantas, flores e grãos de feijão, assumem centralidade. A obra é narrada em terceira pessoa, com um narrador implícito, e levanta questões filosóficas e existenciais que permeiam as relações entre o vegetal e o humano. O problema de pesquisa centra-se na seguinte questão: como as metáforas utilizadas por Astrid Cabral em Alameda contribuem para recriar as contingências da condição humana e explorar as múltiplas relações entre o vegetal e o humano? No primeiro capítulo, intitulado “Paratexto, tempo e memória”, realizamos uma análise dos elementos que circundam a obra e de como tempo e espaço são retratados nas narrativas. As reflexões incluem teorias de Gérard Genette e Jean Chevalier sobre paratextos e simbolismo, além de contribuições de Massaud Moisés e Aleida Assmann sobre tempo, espaço e memória. O segundo capítulo, “Um rosário de pequenas mortes: metáforas em Alameda”, foca nas metáforas e sua importância na recriação da realidade. Com base em teorias de Paul Ricoeur e outros estudiosos, examinamos como as metáforas em Alameda enriquecem a obra, criando novas perspectivas sobre a existência. No terceiro capítulo, “Os seres e seus limites existenciais”, a análise se aprofunda na intersecção entre literatura e filosofia, com enfoque no Existencialismo de Jean-Paul Sartre. Exploramos a obra de José Fernandes para discutir a presença do existencialismo na literatura brasileira e aplicamos essas reflexões aos contos de Cabral, considerando vida e morte como metáforas centrais. A pesquisa conclui que Alameda vai além de uma obra literária comum, promovendo uma reflexão profunda sobre a interconexão entre o humano e a natureza. As metáforas vegetais desvelam um universo de dilemas existenciais que desafiam a percepção convencional da vida, ampliando as fronteiras entre literatura, filosofia e ecologia.