Passeios pela Alameda Metafórica de Astrid Cabral
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | , |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Humanas e Letras Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10600 |
Resumo: | A presente pesquisa teve como objetivo analisar as metáforas elaboradas por Astrid Cabral na obra Alameda (1963), composta por vinte contos, em que protagonistas não humanos, como plantas, flores e grãos de feijão, assumem centralidade. A obra é narrada em terceira pessoa, com um narrador implícito, e levanta questões filosóficas e existenciais que permeiam as relações entre o vegetal e o humano. O problema de pesquisa centra-se na seguinte questão: como as metáforas utilizadas por Astrid Cabral em Alameda contribuem para recriar as contingências da condição humana e explorar as múltiplas relações entre o vegetal e o humano? No primeiro capítulo, intitulado “Paratexto, tempo e memória”, realizamos uma análise dos elementos que circundam a obra e de como tempo e espaço são retratados nas narrativas. As reflexões incluem teorias de Gérard Genette e Jean Chevalier sobre paratextos e simbolismo, além de contribuições de Massaud Moisés e Aleida Assmann sobre tempo, espaço e memória. O segundo capítulo, “Um rosário de pequenas mortes: metáforas em Alameda”, foca nas metáforas e sua importância na recriação da realidade. Com base em teorias de Paul Ricoeur e outros estudiosos, examinamos como as metáforas em Alameda enriquecem a obra, criando novas perspectivas sobre a existência. No terceiro capítulo, “Os seres e seus limites existenciais”, a análise se aprofunda na intersecção entre literatura e filosofia, com enfoque no Existencialismo de Jean-Paul Sartre. Exploramos a obra de José Fernandes para discutir a presença do existencialismo na literatura brasileira e aplicamos essas reflexões aos contos de Cabral, considerando vida e morte como metáforas centrais. A pesquisa conclui que Alameda vai além de uma obra literária comum, promovendo uma reflexão profunda sobre a interconexão entre o humano e a natureza. As metáforas vegetais desvelam um universo de dilemas existenciais que desafiam a percepção convencional da vida, ampliando as fronteiras entre literatura, filosofia e ecologia. |