Escolarização de alunos com transtorno autista: histórias de sala de aula

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Lira, Solange Maria de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10526
Resumo: Esta pesquisa teve como objetivo investigar que concepções os professores da Educação Especial têm sobre seus alunos, e que características e funcionalidade atribuem a suas práticas e a seus educandos com transtorno autista. O enfoque de narrativas de concepções sobre práticas desenvolvidas em classe especial para alunos autistas possibilitou preencher lacunas num campo carente de pesquisas, que é o autismo no ensino especial em escola pública. Sendo o professor o enfoque central deste estudo, elegeu-se como participante uma professora que atuava em educação especial, ministrando aulas em classe especial na rede pública de ensino para quatro alunos com transtorno autista, no Município do Rio de Janeiro, na Baixada Fluminense. O estudo de caso com abordagem etnográfica foi utilizado por possibilitar um contato direto do investigador com os sujeitos da pesquisa, permitindo desvelar os significados, percepções e concepções que os participantes têm sobre suas experiências e o mundo que os cerca. Os dados foram coletados de forma descritiva a partir de observações diretas do cotidiano escolar, do registro em gravações em vídeo e áudio, de entrevistas semi-estruturadas ou livres, bem como da análise de documentos, com a duração de quatro meses. A análise dos dados ocorreu em etapas: transcrição, decodificação, identificação e análise utilizando como suporte o processo das triangulações de Erickson (1988), que forneceu subsídios para composição das categorias de análise e interpretações subseqüentes. A pesquisa revelou que a forma como a professora concebia seus alunos determinava suas práticas e atitudes em relação aos mesmos. No caso em estudo esta condição era expressa por uma concepção assistencialista e protecionista que vigorava em sala de aula através do oferecimento de tarefas infantilizadas a alunos jovens e adultos. Essa forma de conceber os alunos também limitava as ações dos mesmos no ambiente escolar colaborando para o desenvolvimento de relações de dependência. Os achados apontam para a importância de um planejamento estruturado em autismo e a necessidade da formação contínua do educador.